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Arqueologia

Onde acompanhar as últimas descobertas do Antigo Egito?

Conheça o Ministério de Antiguidades do Egito, o órgão do país por onde você pode acompanhar as últimas descobertas arqueológicas!

André Nogueira Publicado em 24/04/2019, às 11h00

O Egito Antigo atrai e fascina muita gente no Brasil e no mundo, chamando a atenção não só dos fãs de história, antenados nas últimas descobertas, mas também entre pesquisadores ao redor do globo, que sonham em participar de escavações no país e declarar incríveis descobertas. Corriqueiramente são encontrados novos objetos ou investigados monumentos já conhecidos, mas nunca antes abertos, o que gera imagens incríveis de olhar, interiores de túmulos, grandes painéis, pinturas épicas e uma interessante gama de objetos com mais de 3.000 anos.

São tantas as descobertas do Egito que é muito difícil acompanhar toda a divulgação científica. Muitos veículos de comunicação para os atraídos por História e Arqueologia se esforçam em manter essas informações atualizadas, mas é muito difícil abranger toda a descoberta de novos materiais nos sítios do Egito. Quanto mais se aumenta a exploração dos campos egípcios, mais complicado é manter as notícias das novas descobertas atualizadas.

Porém, existem veículos relevantes que colaboram para que você se mantenha antenado nas novas descobertas arqueológicas e que tenha contato com as imagens dos novos objetos recém-conhecidos.

Howard Carter analisa interior da tumba de Tutankhamon, 1922, colorizado (reprodução)

Muitas das descobertas arqueológicas do Egito chegam à imprensa especializada com certa rapidez. A partir do momento em que as descobertas são divulgadas, algumas plataformas digitais e físicas se esforçam para espalhar a informação diretamente, mesmo que todo esse processo possa levar alguns meses.

Destacam-se alguns canais de comunicação científica como a Discovery Channel, a National Geographic, o Iphan, boletins periódicos de museus nacionais (como o Museu Paulista, o Museu Nacional, o Museu Paraense Emílio Goeldi e o Museu Egípcio e Rosacruz, de Curitiba) e internacionais (Louvre, British Museum, Vorderasiatisches Museum, Museu do Cairo e o Museu de Bagdá), canais de comunicação universitários (se destacam USP, UFRJ, UFMG e UFAM), plataformas como a Research Gate e canais de redes sociais como Mare Nostrum – Antiguidade e Medievo e Arqueologia Egípcia.

Porém, todas essas plataformas dependem da comunicação oficial que divulga esses achados. Isso porque toda descoberta no Egito, antes da possível divulgação, passa por dois crivos básicos: primeiro existe o rigor com o material próprio da pesquisa realizada pelos arqueólogos, que exigem sigilo no decorrer da pesquisa; segundo, há a divulgação oficial feita pelo governo egípcio, último proprietário de todo material histórico escavado em território nacional. É do Ministério de Antiguidades do governo egípcio, sediado em Zamalek, que depende toda a divulgação das novas descobertas e é a partir dos comunicados oficiais do órgão que outros veículos de comunicação têm contato com o material utilizado nas pesquisas científicas.

Brasão oficial do Minstério (Divulgação)

Atualmente presidido pelo ministro Khaled El-Anany, egiptólogo integrante do Instituto Francês de Arqueologia Oriental e ex-diretor do Museu Nacional da Civilização Egípcia, o ministério é um importante veículo de divulgação científica e é um dos órgãos mais transparentes do governo egípcio atual, comandado pelo ditador militar al-Sisi, que considera a divulgação arqueológica do país e o turismo histórico baseado no legado imperial egípcio aspectos relevantes do sucesso nacional.

O Ministério foi fundado em 2012 com o objetivo de centralizar e organizar a investigação e a conservação do patrimônio egípcio (não só imperial, mas qualquer cultura material do território) e manter um órgão responsável pela coordenação da pesquisa científica no país. O Ministério nasceu do fortalecimento promovido pelo ditador Mubarak do Conselho Supremo de Antiguidades, com o objetivo de aumentar a segurança do patrimônio e acabar com o endêmico roubo de antiguidades do país, além da recuperação do patrimônio roubado durante séculos.

Ministro el-Anany visita projeto de restauração no Cairo (Reprodução)

 

O Ministério tem um site oficial onde são lançados os comunicados das descobertas científicas do país. Praticamente todo mês são descobertos novos sítios ou escavados sítios já conhecidos, gerando uma acelerada produção científica. Por esse motivo, o Ministério, também através de outros veículos, está constantemente anunciando novos monumentos.

Acesse aqui o site do Ministério (de preferência, ligue o tradutor, a não ser que você saiba ler árabe): http://www.antiquities.gov.eg/DefaultAr/Pages/default.aspx

 

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