Os futuros tripulantes da Artemis III, que pousará no satélite em 2025, irão coletar partes da superfície lunar, porém eles não são os primeiros
Redação Publicado em 03/09/2022, às 08h00
53 anos depois da chegada do homem à Lua, através da Apollo 11, que pousou em solo lunar no dia 20 de julho de 1969, a Nasa dá início a um projeto que pretende levar humanos para o satélite uma segunda vez.
A agência espacial dos Estados Unidos fará, neste sábado, 3, o lançamento de um foguete não tripulado que passará 42 dias no espaço. A viagem, batizada de missão Artemis I, em homenagem à deusa grega da Lua, irá visitar a órbita do corpo celeste.
Um detalhe importante é que a nave fará o mesmo trajeto pretendido para a Artemis II, prevista para 2023. Neste segundo caso, será uma missão tripulada, e ela, por si só, já quebrará recordes em relação à Apollo 11.
Isso pois, se tudo correr como planejado, a viagem marcará o mais longo período que humanos passaram no espaço sem fazer uma parada na Estação Especial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
É a Artemis III, que, segundo os anúncios mais recentes da Nasa, está planejada para deixar a Terra em 2025, que repetirá a proeza da Apollo 11, permitindo que a humanidade, pela segunda vez na História, ande na superfície lunar.
Uma vez no corpo celeste, uma das funções da tripulação da nave será o recolhimento de amostras do solo. Um aspecto curioso da missão é que ela irá pousar no lado escuro da Lua, de forma que poderemos usar os conhecimentos conseguidos através do projeto para, possivelmente, desvendar os mistérios do trecho do satélite que nunca está visível para nós na Terra.
Vale lembrar, todavia, que essa não é a primeira vez que trazemos um pouquinho da Lua para nosso planeta. Na verdade, isso foi feito inúmeras vezes durante a Guerra Fria, tanto através das viagens organizadas pela Nasa, quanto por aquelas pertencentes ao programa espacial Luna, da União Soviética, segundo repercutido por uma matéria de 2018 da Superinteressante.
No caso da URSS, a coleta de amostras começou em 1970, através do Luna 16, que perfurou o solo do satélite com a ajuda de brocas. 101 gramas de superfície lunar foram transportadas para a Terra nesta ocasião. Depois disso, houve ainda o Luna 20 e o Luna 24, respectivamente de 1972 e 1976, que trouxeram 55 e depois 170 gramas.
A Nasa, por sua vez, foi capaz de trazer quantidades ainda maiores de matéria lunar através de suas missões tripuladas da Apollo. Ainda de acordo com a revista Superinteressante, os astronautas enviados pela agência estadunidense surrupiaram 400 quilos da Lua. O material consistia principalmente de pedras.
Ambas as poderosas nações colocaram as amostras conseguidas sob análise laboratorial após as visitas humanas ao satélite. Os cientistas responsáveis por investigar as substâncias extraterrestres identificaram 75 minerais novos, além de basalto e a presença de rochas magmáticas antigas, que são muito duras e exigem altas temperaturas para que sejam formadas.
Agora, resta aguardar em expectativa até que os astrônomos tenham a oportunidade de usarem suas tecnologias atuais, mais eficientes que as anteriores, na análise das substâncias que serão carregadas de volta para a Terra pelos integrantes da Artemis III.
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