Rivalidade era tão grande que Rei do Rock chegou a afirmar que um ex-Beatle deveria ter sido ‘expulso’ dos EUA
Redação Publicado em 05/06/2022, às 08h00
Elvis Presley era uma figura carismática e cheia de personalidade; no entanto, em sua intimidade, era conhecido por ser competitivo e rumores circulavam durante seu auge de o famoso Rei do Rock não se dar tão bem assim com outros artistas.
Uma de suas inimizades ficou, inclusive, famosa. Em um período marcado por grandes nomes da cultura, Elvis desenvolveu uma relação conturbada com outro ícone: John Lennon, dos Beatles.
Em uma entrevista de setembro do ano passado ao podcast Rockonteurs, o apresentador musical Bob Harris contou que, quando os dois astros se conheceram durante a década de 1960, “foi ódio à primeira vista”, iniciando uma rivalidade “ressentida”.
“Para John foi um momento muito decepcionante, porque ele amava os discos de Elvis, então descobrir que ele era um fanático meridional de direita foi um grande choque”, explicou.
“Da mesma forma, Elvis viu Lennon como sendo esse sabichão arrivista de Liverpool que havia conquistado sua coroa. Ele usurpou Elvis e ficou muito ressentido”, completou o apresentador inglês conhecido como “Whispering Bob".
Mas qual era o motivo de tamanha inimizade? Segundo Tom Jones, intérprete de "It's Not Unusual", que se tornou amigo de Elvis e tinha uma reputação parecida com a dele, tudo aconteceu por conta das ideologias diferentes dos dois artistas.
Em 2011, em um artigo publicado no tabloide britânico Daily Mail, o jornalista Chris Hutchins especulou sobre a relação de “profunda amizade” dos dois artistas e sua inimizade em comum com John Lennon.
Segundo Hutchins, o Rei do Rock ficava furioso com qualquer menção ao nome do ex-beatle e isso teria acontecido por conta dos sentimentos conflitantes deles em relação à Guerra do Vietnã, segundo a Rolling Stone Brasil.
"A antipatia dele pelo Beatle 'pacifista' nasceu desde a noite em que levei o Fab Four à casa dele para a primeira — e última — reunião", quando Lennon viu abajures com a mensagem "Todo o caminho com LBJ [ex-presidente dos EUA, Lyndon B Johnson]” escrita.
Lennon, por um lado, odiava o presidente dos Estados Unidos por apoiar a Guerra do Vietnã, enquanto Presley, do outro, havia sido convocado para o exército do país entre 1958 e 1960, enquanto o conflito ainda acontecia.
Ainda segundo o jornalista, o Rei do Rock teria dito à Tom que John deveria ter sido expulso dos Estados Unidos “há muito tempo”, o que o artista concordava e, "pela primeira vez naquela noite, Elvis sorriu porque Tom estava falando seu tipo de linguagem".
Segundo o “Whispering Bob", a antipatia por Lennon também chegou a Richard Nixon, falecido presidente dos Estados Unidos, que teria recrutado o artista para espionar o ex-beatle pelas mesmas suspeitas.
Para Nixon, o astro britânico, que não escondia ser crítico à Guerra do Vietnã, era um “inimigo da contracultura” e deveria ser deportado do país. “Parecia que era quase uma invenção da imaginação [de Lennon] quando ele dizia, 'Meu telefone foi grampeado, sou seguido por toda parte' — mas era verdade; ele realmente era”, comentou Harris.
“Nixon queria pegá-lo e é por isso que John estava preso em Nova York ou nos Estados Unidos: ele sabia que, se voltasse para o Reino Unido, nunca mais voltaria para a América. Não enquanto Nixon estivesse na Casa Branca”, afirmou o apresentador.
O político estava obcecado com a ideia de “pegar” Lennon, então decidiu recrutar Presley, que era um “grande amigo” para espioná-lo. “Nixon era um grande amigo de Elvis e vice-versa. Nixon [instruiu] Elvis a reunir o máximo de informações possível sobre John Lennon”, explicou, segundo repercutiu a NME.
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