O prato que o rei Charles III baniu nas residências reais

Em 2022, o rei Charles III oficializou a proibição do foie gras nas residências reais britânicas, conforme anunciou o Palácio de Buckingham na época.

A medida é alinhada com a postura do monarca em relação a práticas agropecuárias mais humanitárias.

O foie gras, uma iguaria tradicionalmente francesa, é produzido por meio de um processo conhecido como gavagem, que envolve a alimentação forçada de patos e gansos para aumentar o tamanho e o teor de gordura de seus fígados.

Prática cruel

Essa prática foi alvo de críticas intensas por parte de grupos defensores dos direitos dos animais, devido ao sofrimento imposto aos animais durante o procedimento. Estudos indicam que os fígados desses animais podem atingir até dez vezes o tamanho normal e conter até 65% de gordura.

Nos Estados Unidos, o consumo de foie gras enfrenta restrições legais em diversas regiões, incluindo estados como a Califórnia e cidades como Nova York. Mesmo na França, país onde a iguaria é parte da tradição culinária, há crescentes debates sobre sua produção e consumo ético.

Nos tempos de príncipe

A decisão do rei Charles não é surpresa para aqueles familiarizados com suas ações anteriores em prol do bem-estar animal. Durante seu tempo como príncipe, ele já havia banido o foie gras de sua residência particular, demonstrando seu apoio à causa animal.

Naquele ano, o Palácio de Buckingham comunicou formalmente a organização People for the Ethical Treatment of Animals (PETA) sobre a proibição, solidificando o posicionamento do monarca contra práticas consideradas cruéis no manejo agropecuário.

Elisa Allen, então vice-presidente do Peta, celebrou a atitude do monarca, alegando que outros deveriam "seguir o exemplo do rei e deixar o foie gras fora do cardápio neste Natal e do futuro".  "Imagens de aves sendo dolorosamente alimentadas à força são suficientes para fazer qualquer um pular o almoço", afirmou, conforme repercutido pela BBC.

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