Philip Workman trocou sua última refeição pelo gesto de boa vontade antes de ser executado em 2007
Wallacy Ferrari Publicado em 25/06/2022, às 13h00
No ano de 2007, a confirmação de que Philip Workman teria sua pena de morte executada no estado do Tennessee, nos Estados Unidos, iniciou os preparativos finais para realizar a condenação, através de uma injeção letal. Duas décadas antes, em 1981, ele havia atingido fatalmente um policial após assaltar uma unidade da rede de fast-food Wendy's, como revelou o jornal britânico Metro.
No ano seguinte, o julgamento do norte-americano contou com diversas testemunhas, que visualizaram o caso dentro do restaurante e em seu estacionamento. Contudo, ao longo dos anos seguintes, as datas da execução foram adiadas ou paralizadas devido a inconsistências em evidências e até mesmo testemunhas que renunciaram de seus depoimentos.
Em 2001, inclusive, chegou a ter a pena de morte revogada 37 minutos antes de ser aplicada, como divulgou o portal jurídico Tennessee Coalition to Abolish State Killing. No entanto, no ano de 2007, Philip já não tinha como voltar atrás, com o estado confirmando seu envolvimento no crime.
Durante o período preso, no entanto, se converteu ao cristianismo, e apareceu pela última vez em uma reportagem, usando um boné contendo os dizeres de Jó em 13:15: “Ainda que ele me mate, Nele esperarei; Eu certamente defenderei meus caminhos diante Dele”.
Assim como todo condenado à morte no território estadunidense, Philip tinha direito a solicitar uma última refeição para si, conforme seus desejos. Ao invés de utilizá-la para suprir seu prazer pessoal, ele manifestou que fazia questão de que uma pizza vegetariana fosse entregue para um morador de rua local.
O criminoso acabou sendo executado aos 53 anos na primeira semana de maio de 2007, tendo o pedido rejeitado. Contudo, a solicitação não atendida foi divulgada por veículos de imprensa locais no Tennessee, comovendo a população pelo pedido direcionado aos menos favorecidos em um momento tão pessoal.
Dessa forma, iniciou uma mobilização da comunidade para doar pizzas em instituições filantrópicas americanas. De acordo com a Reuters, em reportagem de 2007, um dos registros mais surpreendentes partiu da Union Rescue Mission de Nashville, uma ONG local que recebeu 170 pizzas em poucas horas após a história ser divulgada por uma emissora de rádio.
Em outro caso, ocorrido em Minnesota, disk-pizzas ficaram com linhas ocupadas para que pizzas fossem distribuídas em uma associação de jovens carentes. Mesmo sem ter tido o desejo final posto em prática pelo estado, Philip conseguiu reverberar sua ação em uma corrente de boa vontade.
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