Líder da seita Branch Davidians, ele tentou enfrentar o FBI após um cerco histórico em 1993, colocando armas na mão de fiéis
Daniela Bazi, atualizado por Wallacy Ferrari Publicado em 28/11/2019, às 13h00 - Atualizado em 28/03/2023, às 16h27
Em 1959, vinha ao mundo Vernon Wayne Howell, que em Houston, no estado americano Texas. Contudo, a tal alcunha seria desconhecida anos depois, quando mudou seu nome para David Koresh, como ilustrado no documentário recém-lançado pela Netflix, "O Cerco de Waco: Um Apocalipse Norte-Americano".
Em 1981, ao se mudar para a cidade de Waco, David integrou a seita Branch Davidians, criada em 1950, derivada da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Tendo grande influência entre os membros, após discussões com o filho do líder, George Roden, Koresh e mais 25 seguidores se mudaram para Palestina, onde passou a liderar o grupo.
O lunático criou uma guarda pessoal onde os homens, separados de suas esposas, deveriam proteger a seita e o líder. As regras criadas por David eram rigidamente impostas aos seguidores, mesmo que não se aplicassem a ele.
Além de consumir álcool que eram proibidas aos outros, pregava o celibato mas dormia com aproximadamente 15 mulheres, sendo as mais novas, com idades ente 11 e 12 anos, como revelou o jornal The New York Times.
David começou a pregar que tinha o direito de possuir 140 esposas, no qual 60 delas seriam suas rainhas, e as outras 80 as concubinas, baseado na interpretação do Cântico de Salomão, em 1986.
Os Davidians também tinham a permissão para o uso de armas, e começaram a ser investigados pela Agência de Controle de Álcool, Tabaco, Armas e Explosivos dos Estados Unidos (ATF). Em 1993, os agentes invadiram a sede, mas quatro agentes foram assassinados, obrigando uma investigação mais a fundo por parte das autoridades.
Dessa forma, a investigação passou para as mãos do FBI, que cercou o local e começou negociações para que os responsáveis pelo ato se entregassem, assim como o recolhimento das armas, que variavam em vários calibres tipos.
Foram 51 dias de conversa, até a Procuradora-Geral dos Estados Unidos Janet Reno, autorizou a invasão com tanques de guerra e gás lacrimogênio. No total 80 pessoas foram mortas, sendo 23 delas de jovens menores de 17 anos, em um episódio que marca a história dos Estados Unidos como Cerco de Waco.
O líder David Koresh também foi uma das vítimas fatais, mas demorou para seu corpo ser reconhecido; o cadáver do líder religioso foi encontrado carbonizado, e com um tiro na cabeça, sendo identificado através de sua arcada dentária.
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