O autor norte-americano que escapou de dois acidentes de avião em sequência

Ernest Miller Hemingway (1899 - 1962) foi um autor e jornalista norte-americano que atuou como correspondente de guerra durante a Guerra Civil Espanhola, e é mais conhecido pelo seu romance "Por Quem os Sinos Dobram".

Um detalhe curioso sobre sua vida que é menos falado sobre, no entanto, é o fato que o homem, em certa ocasião, sofreu dois acidentes de avião um seguido do outro — conseguindo a proeza de sobreviver a ambos. 

Segundo repercutido pela Folha de São Paulo, Ernest passou pelo primeiro desastre aéreo em 25 de janeiro de 1954, quando sobrevoava a Uganda a bordo de uma pequena aeronave produzida pela fabricante Cessna. Ele estava acompanhado de sua esposa de então, Mary Welsh, que também havia trabalhado como correspondente de guerra. 

Azar em sequência

Felizmente, tanto o casal quanto o piloto que dirigia o avião sobreviveram ao episódio, durante o qual foi necessário realizar um pouso forçado em meio à selva do país africano. O trio, aliás, ainda passou uma noite na mata antes de conseguir alcançar a civilização novamente. 

Para continuar seu trajeto, o escritor e sua parceira pegaram outra aeronave, contudo, por mais improvável que seja, acabaram sendo novamente vitimados por um acidente. Desta vez, eles mal haviam terminado de decolar quando a roda do avião se chocou contra um obstáculo, por conta disso perdendo o controle e capotando sobre uma plantação próxima da pista de voo. 

Mais grave que da última vez, nesta situação o casal sobreviveu por pouco: isso pois a aeronave começou a pegar fogo logo depois de seu impacto contra o chão, de forma que a rapidez foi um fator essencial na hora dos tripulantes escaparem. 

Ainda de acordo com a Folha de São Paulo, após sobreviver a essas duas perigosas casualidades, Ernest Hemingway decidiu não se aventurar mais com o transporte aéreo, e continuou seu trajeto de carro mesmo. 

O escritor 

Fora este acontecimento desafortunado, o escritor estadunidense se destacou de diversas formas diferentes ao longo da vida. Suas obras, por exemplo, ganharam o Pullitzer de Ficção em 1953 e, no ano seguinte, o Nobel de Literatura. 

Hemingway morreu sob circunstâncias misteriosas em 1961. Na época, não estava claro se havia sido um acidente ou suicídio, e as autoridades norte-americanas optaram por não investigar o evento mais a fundo. 

Hoje, porém, já é de conhecimento público que o autor tirou sua própria vida: ele posicionou duas carabinas (que é um tipo de arma de fogo usada para caça esportiva) apontadas para o pescoço, prendeu os gatilhos de ambas em um fio, criando uma intrincada armadilha para si mesmo. Ele então puxou o cordão com o pé para colocar um fim à sua existência.