Por outro lado, os pequenos era sinal de inteligência, racionalidade e autocontrole
Fabio Previdelli Publicado em 18/12/2019, às 14h00
Provavelmente você já ouviu aquele velho ditado que diz que tamanho não é documento. Algumas pessoas podem discordar da afirmação, mas para os gregos antigos ela está completamente correta. Especialistas revelam que apesar deles serem fissurados por sexo, muitos preferiam parceiros com pênis menores aos mais robustos – e acreditam que a preferencia possa um dia voltar a moda.
Os gregos antigos, progenitores ostensivos dos valores culturais e estéticos ocidentais, abominavam os órgãos genitais grandes. “[Na cultura grega antiga], o pênis perfeito ou bonito é delicado”, explica John Clarke, um antigo erudito de arte erótica da Universidade do Texas. “Um homem com genitália muito grande é considerado grotesco, risível”.
Essa obsessão é evidente em estátuas e obras de arte gregas, no qual a figura masculina é frequentemente representada nua e com um membro pouco expressivo. Esse conceito remonta aos ideais do século 8 a.C, e perdurou por cerca de 1.100 anos, segundo Dr. Timothy McNiven, especialista em arte na Universidade do Estado de Ohio.
Além da beleza estética, os gregos viam os pequeninos como um sinal de inteligência, modéstia, racionalidade e autocontrole dos homens. Por outro lado, os maiorzinhos eram usados para simbolizar os idiotas, frequentemente dominados por uma luxúria animalesca e uma completa falta de restrição. Na arte grega, as pessoas com pênis grande eram associados a animais que colocam a libertinagem e a obscenidade acima de tudo.
Os sátiros – criaturas meio humanas que são cabras da cintura para baixo – eram frequentemente apresentados com grandes membros. McNiven diz que eles eram “os garotos-propaganda da perda do autocontrole”. Acredita-se que outras culturas antigas, como os egípcios e, mais tarde, os romanos, também preferiam um tamanho reduzido.
É possível, disse a historiadora de arte Ellen Oredsson, que os gregos valorizassem a estética de pênis modestos porque seus “ideais artísticos eram todos equilibrados; nada deveria ser muito grande ou estar em desarmonia”.
Essa inversão de valores, ou de tamanhos, só começou com a ascensão da Renascença, com gravuras explicitamente eróticas e foi crescendo até a arte moderna. “Provavelmente não houve um giro definitivo, porque nossas concepções do tamanho do pênis sempre foram fluídas e multifacetadas”, explica Joseph Slade, historiador de representações culturais do sexo e da sexualidade.
De acordo com Oredsson, é provável que a moda possa voltar novamente para o outro lado. “Definitivamente não vejo como um caminho linear. Mesmo hoje, acho que nossas percepções culturais do pênis são muito complexas, muitos pensamentos diferentes existiram e coexistiram ao longo da história”.
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