O ditador alemão Adolf Hitler se alimentando - Divulgação
Alemanha Nazista

Medo da morte: as moças que comiam as refeições antes de Hitler para evitar um envenenamento

Por exigência direta do ditador alemão, 15 mulheres viviam aterrorizadas de comer venenos destinados ao Führer

André Nogueira Publicado em 02/03/2020, às 11h00 - Atualizado em 23/04/2021, às 10h00

Para Hitler, cada prato podia ser o último: inimigo do mundo, suas três refeições diárias podiam carregar veneno e acabar rapidamente com sua vida. No entanto, o ditador preferiu não arriscar: 15 moças eram responsáveis por provar a comida antes de o Führer. 

Essa foi a realidade vivida nos últimos anos do Reich, quando desespero e paranoia vivam em conjunto na cabeça do ditador que não queria perder o conflito. Hitler exigia que, a cada refeição feita na Toca do Lobo, uma moça provasse antes dele comer. O papel era tratado como uma posição de honra e serviço patriótico.

A existência das moças era desconhecida até 2013, quando Margot Wölk (95 anos na época), decidiu revelar ao mundo a insólita profissão durante uma entrevista à revista alemã Der Spiegel.

Margot, a única sobrevivente entre as provadoras de Hitler / Crédito: Wikimedia Commons

 

No cotidiano de Adolf Hitler, um membro da SS costumava levar a refeição da cozinha até a mesa onde uma ou mais das moças estava, e a observava para ver se alguém passava mal. Caso contrário, a comida era levada até o ditador. No entanto, as moças só podiam sentar e esperar pelo melhor.

Em meio à guerra e à fome, as mulheres faziam três refeições diárias, assim como o Führer. Refeições vegetarianas – afinal Hitler evitava comer carne – e balanceadas, com várias iguarias únicas na Alemanha, como frutas exóticas que acompanhavam vegetais, arroz e mais.

Todavia, era plenamente impossível se sentir confortável naquela situação. Aquela deliciosa comida vinha acompanhada com o verdadeiro medo da morte, afinal, o objetivo era usar as moças como escudo para o líder nazista.

Os alemães, na época, constumavam comer de um único panelão / Crédito: Wikimedia Commons

 

 "Algumas das meninas caíam no choro quando começavam a comer, porque estavam com muito medo. Tínhamos de comer tudo e esperar por uma hora, e toda vez tínhamos medo. Costumávamos chorar também de felicidade por ter sobrevivido”, relata a sobrevivente do bunker.

Até onde se relata, nenhuma dessas moças pegou uma refeição envenenada. Porém, é muito difícil compreender e elucidar essa história - existem poucos relatos documentados. Nosso único contato com os casos é a história real de Wölk.

Nenhuma outra moça, documentos escritos, fotos ou gravações existem nos dias atuais: os relatos foram impedidos de existir, e as moças, provavelmente, acabaram mortas por balas soviéticas.


+Saiba mais sobre o tema através das obras disponíveis na Amazon

Mein Kampf: A história do Livro, de Antoine Vitkine (2016) - https://amzn.to/2LQB10U

O último dia de Hitler: Minuto a minuto, de Jonathan Mayo - https://amzn.to/2LT9ZWF

A mente de Adolf Hitler: O relatório secreto que investigou a psique do líder da Alemanha nazista, de Walter C. Langer - https://amzn.to/2PEUt1P

Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.

Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp 

Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W

Segunda Guerra Mundial Alemanha Adolf Hitler bunker comida Reich veneno Moças Margot Wolk

Leia também

Dom Antônio de Orleans e Bragança recebia a "taxa do príncipe"?


Banco Central sob Ataque: Veja a história real por trás da série da Netflix


Outer Banks: Série de sucesso da Netflix é baseada em história real?


O Rei Leão: Existe plágio por trás da animação de sucesso?


Ainda Estou Aqui: O que aconteceu com Eunice Paiva?


Ainda Estou Aqui: 5 coisas para saber antes de assistir ao filme