Em Megan Leavey, o público acompanha a intensa história real de uma agente da marinha americana e um cão durante a Guerra do Iraque
Thiago Lincolins Publicado em 27/06/2024, às 12h11
Lançado em 2017, o filme "Megan Leavey" apresenta a emocionante história de uma agente da marinha americana e um cão farejador de bombas chamado Rex.
Exibido na Sessão da Tarde nesta quinta-feira, 27, às 15h25, o longa-metragem é baseado em fatos.
"A agente da marinha americana Megan Leavey é uma especialista em treinamento de cães para detectar bombas. Ela é enviada ao Iraque, onde forma uma boa parceria com o cão Rex. Mas Megan é ferida e afastada do campo de batalha. Enquanto isso, o cão permanece em atividade, e ela espera a aposentadoria do animal para poder adotá-lo. Antes desse prazo, no entanto, a ex-agente descobre que o cachorro sofrerá uma eutanásia e luta para reverter essa decisão", explica a sinopse.
Com as cenas emocionantes, fica a dúvida: O que aconteceu com a fuzileira naval e o cachorro que inspiraram o filme?
Megan e Rex, um pastor alemão, passaram a trabalhar juntos em 2004. Na época, ela tinha 21 anos e havia iniciado sua participação no K9, programa de Polícia Militar em San Atonio, nos Estados Unidos.
Na Guerra do Iraque, tudo mudou para a dupla no momento em que os combatentes lidaram com tropas rebeldes em Ramadi, que durou até novembro de 2006.
No dia 4 de setembro, especificamente, Leavey realizava uma patrulha com Rex, que farejava explosivos, quando uma bomba foi detonada próximo deles. Com o impacto, foram lançados a uma distância de três metros.
O cão teve um ferimento no ombro e apresentou sequelas neurológicas. Já Megan teve uma contusão, estresse pós-traumático e até mesmo problemas de audição.
Com o episódio, a fuzileira fora dispensada com honras do serviço militar e tentou adotar o amigo de quatro patas, o que foi negado. Isso porque o Corpo de Fuzileiro Navais acreditava que Rex era uma ameaça para as pessoas nas ruas.
Após cumprir a missão, Megan retornou a Rockland, Nova York, sua cidade natal, contudo, jamais deixou de procurar atualizações sobre o cachorro. Uma reviravolta ocorreu quatro anos depois, quando Rex passou a apresentar uma saúde frágil.
Como não conseguiria mais prestar serviços aos militares, corria até mesmo o risco de passar por eutanásia, o que Megan não concordou. Em contato com a Agência de Serviços de Veteranos, ela conseguiu uma conexão com Chuck Summer, senador democrata de Nova York. Era a ajuda que precisava.
Chuck passou a conversar com o Corpo de Fuzileiro Navais na Califórnia e até mesmo elaborou um abaixo-assinado que pudesse chamar atenção para a adoção do cão. Após uma grande mobilização, ela conseguiu atingir o seu objetivo: Rex foi adotado.
Infelizmente, o cão não viveu muito tempo ao lado da companheira de batalha, entretanto, durante oito meses, Rex teve o apoio e carinho de Megan. Ele faleceu aos 11 anos.
Em 2012, ela publicou uma emocionante despedida para o cachorro através do Facebook.
"Estou muito grato pelos últimos 8 meses que passei com meu parceiro e meu melhor amigo. Rex pôde nadar em uma piscina e brincar com meus outros cães. Ele pôde vagar pelo quintal e latir para veados, brincar com como muitos brinquedos que ele quisesse o dia todo, todos os dias, dormir em uma cama aconchegante ao meu lado todas as noites, perseguir e eventualmente fazer amizade com meus dois gatos, curtir e brincar em sua primeira nevasca... e tantas outras coisas legais que ele teria nunca tive a chance de fazer isso se ele nunca se aposentasse. Ele sabia que eu estava com ele o tempo todo e eu deitei ao lado dele e o segurei e falei com ele e ele estava em paz no final... Mesmo que ele já fosse. Então, obrigado a todos que me apoiaram e tornaram possível que eu passasse aqueles preciosos 8 meses com meu melhor amigo. Ele era um cachorro incrível, um fuzileiro naval durão e muito especial", concluiu ela.
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