Só brasileiros “engolem” o anfíbio, mas como começou esse costume?
Lívia Lombardo Publicado em 08/02/2019, às 12h00 - Atualizado às 17h08
A expressão engolir sapo, usada quando somos obrigados a tolerar coisas desagradáveis sem podermos responder, é um regionalismo típico do Brasil. Mas por que engolir sapo e não cobra, borboleta ou jacaré?
De acordo com Luís da Câmara Cascudo, em Dicionário do Folclore Brasileiro, o sapo é indispensável nas bruxarias. Acreditava-se ainda que existia uma pedra na cabeça dos anfíbios eficaz nos sortilégios. Ou seja, além de gosmento, os bichos eram associados às forças ocultas.
Há também um episódio bíblico que conta que Deus castigou um faraó egípcio enviando um enxame de rãs, que invadiram casas e fornos, e até atrapalhavam na preparação de comida, tornando-se assim uma situação desagradável.
Suportar situações desagradáveis sem qualquer manifestação é uma alusão à isso.
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