Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque - Reprodução/Vídeo
Maníaco do Parque

Maníaco do Parque: Confira o padrão entre as vítimas do criminoso

Entre 1997 e 1998, Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque, assassinou 11 mulheres em São Paulo; veja padrão entre suas vítimas

Éric Moreira Publicado em 18/10/2024, às 11h18

Nesta sexta-feira, 18, chegou ao Amazon Prime Video um filme que resgata um dos assassinos em série mais insólitos do Brasil, que ficou conhecido pelo mesmo título da produção: 'Maníaco do Parque'.

Dirigido por Maurício Eça, o longa-metragem conta com Silvero Pereira na pele de Francisco de Assis Pereira, e mistura fato e ficção ao reviver os crimes do serial killer brasileiro que chocou o país no fim da década de 1990.

A produção promete mergulhar nas investigações que levaram à prisão do criminoso e nos detalhes perturbadores de sua psicopatia.

O Maníaco do Parque, vale mencionar, atraía suas vítimas fingindo ser um agente de modelos. Ao prometer ensaios fotográficos, acabava levando-as até o Parque do Estado, em São Paulo, onde cometia os crimes.

Ele não só assassinou várias mulheres, como também abusava de seus cadáveres.

Um fato que chama atenção no caso é que, preso desde 1998, hoje já não estamos muito distantes da possível libertação do assassino. Condenado por 7 homicídios — embora se estima que ele tenha feito 11 vítimas — e 9 estupros, além de roubo, atentado violento ao pudor e ocultação de cadáver, sua pena chega a quase 286 anos de prisão. Porém, como a legislação brasileira não permite que alguém passe mais de 30 anos preso, Francisco de Assis Pereira pode retornar à liberdade em 2028.

Assim como outros assassinos em série, Francisco de Assis tinha um modo de operar com suas vítimas bastante semelhante e quase metódico, além disso, as mulheres também possuíam um padrão. Entenda:

Padrões

Conforme explica o psiquiatra forense Guido Palomba no documentário 'Investigação Criminal', no episódio dedicado ao Maníaco do Parque, "todo psicopata e serial killer tem um determinado padrão de comportamento. Neste padrão de comportamento, destaca-se o tipo de vítima, normalmente sempre de uma mesma faixa etária, normalmente com o mesmo tipo de visual, e normalmente com o mesmo tipo de procedimento na hora de matar".

Isso é típico. Porque isto faz parte de um imaginário pessoal dele. Isso faz parte de uma vivência pessoal dele, ligada a algum tipo de desejo", complementa.
Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque / Crédito: Reprodução/Vídeo/Record

 

Segundo o delegado Sérgio Luís Alves, envolvido na investigação do caso, foi notado, antes de a identidade do assassino ser descoberta, que as vítimas — tanto as mortas quanto as sobreviventes — tinham descrições semelhantes, explica a série documental Investigação Criminal.

"Nós chegamos a colocar as fotos das sobreviventes e das que foram mortas, e todas eram semelhantes entre si. Eram moças de cabelos longos, alguns encaracolados, mas longos; morenas, claras ou pardas; e com corpos voluptuosos", explicou o delegado na produção.

Origem

Após ser capturado, Francisco cooperou com a polícia, fazendo revelações sobre seus crimes e sobre sua personalidade, e até mesmo levando as autoridades ao local em que estava uma vítima ainda não identificada. Entre as revelações que fez em interrogatório, está, inclusive, o que muitos pensam ter sido a origem do padrão de vítimas.

Ainda na série documental, Sérgio Luís Alves relembrou que o assassino descreveu uma ex-namorada, evidenciando uma descrição fiel à de suas vítimas. "Talvez ele mal-tratando essas moças, humilhando, seria uma maneira de ‘punir’ essa primeira namorada".

+ As revelações feitas pela mãe do Maníaco do Parque

Vale mencionar que não se sabe exatamente o porquê de ele sentir necessidade de tais punições, no entanto, o delegado não descartou a possibilidade de se relacionar a um fator sexual. Isso porque o criminoso não conseguia manter ereções prolongadas, conforme o delegado, e, por isso, primeiro matava as vítimas, para só então obter o prazer.

"Houve relatos, inclusive por parte dele mesmo, que, após ter matado a sua vítima, ele ficou horas e horas beijando-a. Ele contou algo que, para ele, quando estava sendo interrogado, a gente notava que estava sentindo prazer naquele momento", relembrou Sérgio Luís Alves.

Inclusive, em mais de um caso, revelou o maníaco, ele até retornou ao local do crime no dia seguinte, onde havia deixado o corpo, para ficar beijando-os e praticando necrofilia. Isso durava até os cadáveres entrarem em decomposição, quando ele os abandonava e, então, já começava a buscar por novas vítimas.

A série documental "Investigação Criminal" pode ser assistida na plataforma de streaming Prime Video. Além disso, o filme baseado no caso também pode ser conferido no catálogo em questão. 

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