Fotografia da jovem antes de começar a sofrer da doença - Divulgação / Arquivo Pessoal
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Jovem desenvolve doença que cobre sua pele de feridas: 'Sinto como se tivesse sido esfaqueada'

Em apenas três meses, a vida de Kirsten Cowell mudou drasticamente devido a uma condição que surgiu sem aviso

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 04/11/2021, às 13h21

Kirsten Cowell era uma jovem comum do País de Gales, que estava prestes a começar um curso técnico de manicure e morava com seu namorado, com quem tinha um relacionamento fazia dois anos e meio.

A vida da moça de 19 anos passou por uma mudança drástica, porém, quando ela começou a sofrer de uma misteriosa e preocupante condição. Tudo começou com o aparecimento de manchas escuras em sua pele, o que ocorreu três meses atrás. 

Fotografia de Kirsten no início das manchas / Crédito: Divulgação/ Arquivo Pessoal

 

Infelizmente, seu quadro logo piorou de forma abrupta, com os locais manchados se transformando em feridas profundas e cheias de pus, conforme divulgado pelo Kennedy News and Media e repercutido pelo jornal Mirror.uk. Segundo descrito pela mãe da adolescente, Allison, as lesões se parecem com "buracos de bala". 

"Elas continuaram crescendo e explodindo, e, eventualmente, se transformaram em buracos que foram ficando cada vez maiores e se tornaram o que são agora", relatou Kirsten, ainda de acordo com o veículo. 

A vida com a doença

A gravidade da situação da jovem fez com que ela adiasse seu curso, terminasse seu relacionamento amoroso e se mudasse de volta para a casa de sua mãe, que a está ajudando a conviver com a condição. Hoje, ela nem mesmo sai de casa.

"Eu sinto como se tivesse sido esfaqueada no rosto. Meu cotidiano consiste em lidar com a dor e tentar controlar o pus [que escorre das feridas]. Não consigo fazer mais nada", desabafou ela ainda. 

A garota de 19 anos afirma sentir uma "dor extrema" quando move qualquer parte de seu rosto, especialmente durante as manhãs. Esse fato a impede inclusive de mastigar, de forma que sua alimentação passou a consistir de sopas, iogurtes e sorvete. 

Outras tarefas diárias, como tomar banhos e dormir trazem seus próprios desafios. De acordo com a mãe de Kirsten, sua filha se sente ansiosa em relação à possibilidade de se causar mais dor quando lava o corpo. Durante as noites, seu travesseiro precisa ser embalado com fraldas usadas por donos de cachorros que ainda são filhotes, de forma que o pus que sai de suas lesões não molhe o travesseiro. 

"Foram três meses infernais. A confiança dela está no chão. Ela está suicida, deprimida e não quer viver e eu não a culpo. Não sei como uma pessoa pode sofrer essa dor por tanto tempo", contou a mãe, também conforme as informações do Mirror.uk. 

Buscando tratamento

Os dermatologistas acreditam que a jovem esteja sofrendo com "pioderma gangrenoso", que é uma doença de pele muito rara. No momento, a família busca um especialista que possa tratar a jovem.

Infelizmente, no País de Gales, onde ela vive, existem apenas dois médicos renomados que entendem da condição. Nesse meio termo, Kirsten tem tomado antibióticos e esteroides, além de ter passado por um procedimento cirúrgico na última sexta-feira, 1, a fim de retirar as cascas escuras que haviam se formado sobre suas feridas. 

Atenção! A imagem abaixo pode ser sensível para algumas pessoas.

 

 

 

 

 

Fotografias mostrando o rosto de Kirsten com e sem as cascas / Crédito: Divulgação/ Arquivo Pessoal
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