Conhecida como a Rosa Branca de Stalingrado, a soviética foi a primeira mulher a matar combatentes inimigos no ar
Joseane Pereira/ Atualizado por Fabio Previdelli Publicado em 22/01/2021, às 15h00
Lydia Litvyak veio ao mundo para voar. Nascida em 18 de agosto de 1921 em Moscou, ela ingressou em um clube local de aviação com apenas 14 anos. E com 15 já estava pilotando pequenas aeronaves. Sua carreira na aviação renderia vários frutos, principalmente na caça a soldados nazistas.
A jovem aviadora
Durante a década de 1930, o governo soviético incentivou que mulheres entrassem em campos dominados por homens, como a indústria e aviação. Muitas delas se ofereceram para atuar na linha de frente e quase 200 mil serviram na defesa aérea.
Em junho de 1941, depois que os alemães atacaram a União Soviética, Lydia se ofereceu para ingressar em uma unidade de aviação militar, mas foi recusada por falta de experiência. Determinada, ela acrescentou 100 horas adicionais de tempo de voo em seu formulário, sendo finalmente admitida no Regimento de Caças 586, composto exclusivamente por mulheres.
A unidade de combate da qual ela fez parte era gerenciada por Marina Raskova, e também contava com o Regimento de Bombardeiros Noturnos 588, as famosas Bruxas da Noite.
De olhos cinzentos e cabelos claros, a jovem piloto demostrava grande individualidade. Segundo a oficial Nina Ivakina, que morou com as recrutas no campo, Lydia era uma "aviadora ostentosa e paqueradora".
Em 13 de setembro de 1942, em sua segunda missão de combate, a jovem abateu um bombardeiro alemão e um soldado não identificado, marcando suas primeiras mortes na carreira e levando-a a atingir a posição de primeira mulher a matar combatentes inimigos no ar durante a Segunda Guerra.
Carreira de sucesso
Após vitórias sucessivas, Litvyak se tornou uma figura de destaque. Conhecida como a Rosa Branca de Stalingrado, por ter uma flor branca pintada na lateral de seu avião, ela era considerada uma heroína para o público e muito respeitada por seus companheiros da Força Aérea Soviética. De acordo com a mecânica da aviadora, Inna Pasportnikova, "Lydia não queria ficar no chão — ela só queria voar e lutar, e lutou desesperadamente".
Em agosto de 1943, prestes a completar 22 anos e após ter sido promovida a tenente sênior e líder de esquadrão, Lydia acabou não voltando de sua missão durante a Batalha de Kursk. Segundo o piloto soviético Ivan Borisenko, não houve explosão e nem queda de pára-quedas. A Rosa Branca de Stalingrado havia simplesmente desaparecido.
Seu corpo foi encontrado mais de 30 anos depois, em 1979, na pequena vila de Dmitrievka. Lydia Litvyak havia sido morta como resultado de um ferimento mortal na cabeça.
++Saiba mais sobre a União Soviética por meio de grandes obras disponíveis na Amazon:
Barbarossa. A Invasão da União Soviética Pela Alemanha Nazista em 1941, de Will Fowler (2015) - https://amzn.to/3djHInN
O último império: Os últimos dias da União Soviética, de Serhii Plokhy (e-book) - https://amzn.to/2pRjTjz
História da União Soviética, de Peter Kenez (2007) - https://amzn.to/2N6dpoE
A Invasão da União Soviética Pela Alemanha Nazista em 1941, de Will Fowler (2015) - https://amzn.to/2pVvlud
Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.
Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp
Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W
Banco Central sob Ataque: Veja a história real por trás da série da Netflix
Outer Banks: Série de sucesso da Netflix é baseada em história real?
O Rei Leão: Existe plágio por trás da animação de sucesso?
Ainda Estou Aqui: O que aconteceu com Eunice Paiva?
Ainda Estou Aqui: 5 coisas para saber antes de assistir ao filme
Afinal, Jesus era casado e tinha filhos? Saiba o que dizem pesquisadores