O fim trágico de Robin Pelkey, que foi assassinada aos 19 anos de idade, apenas foi revelado recentemente
Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 06/11/2021, às 09h00
No último mês de outubro de 2021, a Unidade de Investigação de Casos Frios do departamento de polícia do estado norte-americano do Alasca finalmente pôde colocar um ponto final em um mistério que já perdurava 37 anos.
Tratava-se da identidade de uma jovem que fora assassinada por Robert Hansen, o serial killer estadunidense que sequestrava suas vítimas e depois as largava em um deserto com o propósito de caçá-las como animais selvagens.
Os alvos do assassino costumavam ser prostitutas, por conta de seus desaparecimentos receberem menos atenção que o de outras pessoas. Pior que isso é que, quando os oficiais prenderam o criminoso e conseguiram que ele revelasse a localização dos corpos, infelizmente nem todos os cadáveres puderam ser identificados. Sobraram dois.
Um deles era Robin Pelkey, uma jovem que tinha apenas 19 anos de idade quando caiu nas garras de Hansen, de acordo com as descobertas dos policiais da região, que foram repercutidas pela AFP.
De acordo com o perfil psicológico traçado pelos investigadores que posteriormente conseguiram capturar o serial killer, ele possuía baixa autoestima, um histórico de rejeição por parte de mulheres e gagueira.
Hansen de fato era gago, característica que desenvolvera durante sua infância e fora motivo de bullying por parte de seus colegas.
Antes de abrir uma padaria na cidade de Anchorage, onde teria cometido um total de 17 assassinatos e 30 estupros de acordo com suas próprias confissões, o estadunidense também passou pelo exército, ainda conforme a AFP.
Robert chegou a se casar, porém após ter provocado um incêndio em uma garagem de ônibus escolares, o que fez com que passasse um ano e oito meses na prisão, a esposa acabou se separando dele. Foi nesse ponto de sua vida que ele se mudou para o município que aterrorizaria durante a década seguinte.
Uma curiosidade a respeito da trajetória de Hansen é que ele foi detido novamente em 1972, após ter sequestrado e estuprado uma dona de casa da região, além de ter abusado sexualmente de uma prostituta.
Os crimes foram um prelúdio de seus assassinatos em série, mas infelizmente a polícia não foi capaz de identificar a ameaça oferecida pelo norte-americano na época. Em 1973, apenas um ano depois, o criminoso começou a tirar vidas.
Embora o assassino tenha confessado ter cometido 17 assassinatos, apenas 12 cadáveres foram encontrados.
Um deles era o de Robin Pelkey — na época, porém, ela foi apelidada simplesmente de "Horseshoe Harriet", que fazia referência ao fato de seu corpo ter sido encontrado próximo do Lago Horseshoe.
Os pais da jovem de 19 anos não relataram seu desaparecimento as autoridades, de forma que ela nunca ganhou uma ficha de pessoa desaparecida, um dos principais obstáculos na busca por sua identidade.
No fim das contas, o casal morreu sem saber qual fora o destino da filha, assassinada e depois enterrada em uma cova sem nome.
As autoridades, não entanto, não desistiram de encontrá-la, e, em 2003, seus restos mortais foram exumados a fim de que fossem submetidos a uma análise de DNA. A princípio, não foi possível encontrar correspondências, porém em 2020 os esforços afinal levaram a um resultado.
Conforme documentado pelo site All That Is Interesting, o perfil genealógico traçado através de uma amostra de osso de Horseshoe Harriet foi comparado com dados genealógicos públicos.
Foi nesse momento que correspondências começaram a ser encontradas, até que fosse concluído que a vítima, até então desconhecida, era a Robin Pelkey, que morou em Anchorage e desapareceu sem explicações em meados de 1983.
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