Em 2004, Luis Carlos Rugai e Alessandra Troitino foram mortos a queima roupa em um dos crimes mais chocantes do Brasil
Pamela Malva Publicado em 26/02/2020, às 18h30
Donos de uma produtora de televisão, Luis Carlos Rugai e sua esposa, Alessandra Troitino, moravam em Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo. Os dois já estavam juntos há anos e tinham a companhia do filho de Luis, o Gil, de 20 anos.
Felizes, com uma família e um emprego estável, o casal mal esperava o que estava por vir. Por mais que a empresa tenha sofrido um misterioso desfalque de mais de R$ 25 mil, estava tudo bem, eles resolveriam o problema. A real dor de cabeça, todavia, viria em março de 2004.
Na noite do dia 28, Luis Carlos e Alessandra foram alvos dos 11 tiros disparados na propriedade, explicou o portal G1. Por trás da arma, puxando o gatilho, estava Gil Rugai. Com os familiares mortos, o jovem foi visto saindo da residência, acompanhado por uma pessoa não identificada.
Segundo o promotor do caso, Rogério Zagallo, o assassino provavelmente “estava com alguém da intimidade dele na cena do crime”, repercutiu a IstoÉ!. Por isso, Maristela Greco, a mãe de Gil, foi investigada pela polícia. Ela, no entanto, tinha um álibi sólido: estava em casa no dia dos homicídios.
Na semana seguinte, a perícia encontrou o cartucho da arma usada por Gil no quarto dele, e o estudante foi preso. O jovem alegou inocência o tempo todo, mas foi indiciado por duplo assassinato, em abril de 2004. A arma do crime — uma pistola de calibre 380 — só foi encontrada em 2005, na tubulação do prédio comercial em São Paulo, onde Gil tinha um escritório.
Entre 2005 e 2010, o criminoso foi preso e libertado diversas vezes, sempre que a defesa recorria na justiça. Ele chegou até mesmo a prestar vestibular em Santa Maria, em 2008. Em meados de 2012, Gil morava com sua avó materna, em Sumarezinho. Ele não estudava, muito menos trabalhava — mas ia à missa todos os dias, religiosamente.
O julgamento do réu — que também foi investigado pelo desfalque na empresa dos pais — aconteceu em 2013, nove anos depois do crime. No fim, Gil Rugai foi condenado a 33 anos e 9 meses de cárcere em regime fechado, pelo assassinato de seu pai e sua madrasta. Ele segue preso em Tremembé e poderá recorrer em liberdade.
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