Até então, arqueólogos acreditavam que o homem havia sido vítima de canibalismo
Letícia Yazbek Publicado em 12/12/2018, às 14h23 - Atualizado às 14h38
De acordo com uma nova pesquisa, o crânio fragmentado de um caçador que viveu há cerca de 8.000 anos não é uma evidência de canibalismo, como os especialistas pensavam até então. Na verdade, o homem foi assassinado e depois queimado durante um ritual.
O crânio foi encontrado há quase 50 anos, nas margens do rio Narew, em Wieliszew, Polônia. Como o osso havia sido queimado e o crânio havia sofrido um forte golpe, os pesquisadores concluíram que o caçador foi vítima de canibalismo.
Até que um grupo de especialistas da Universidade Cardeal Stefan Wyszyński, em Varsóvia, resolveram examinar o crânio mais uma vez. Usando microscópio eletrônico e tomografia computadorizada, os pesquisadores notaram que as bordas das incisões indicavam sinais de cura.
“Isso significa que a pessoa não morreu no momento em que o impacto ocorreu, o que destroi a crença dos arqueólogos de que estamos lidando com uma vítima do canibalismo”, afirma o antropólogo físico Jacek Tomczyk.
O estudo mostra que o caçador permaneceu vivo por pouco mais de uma semana após sofrer o golpe. Depois, foi queimado em um ritual funerário, prática comum durante o período Mesolítico.
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