Após ser aprisionada durante o reinado de Maria I, a Rainha Virgem se tornou importante personagem na história inglesa
Caio Tortamano Publicado em 17/11/2020, às 08h18 - Atualizado às 12h47
Muito antes de se tornar uma monarca longeva e ajudar na criação do sentimento de identidade nacional do Reino Unido, a Rainha Elizabeth I assumiu o trono em meio a incertezas e desconfiança. A data completa exatos 464 anos neste dia 17 de novembro.
Filha de Henrique VIII e Ana Bolena, o governo de seu pai ficou marcado por conspirações e a falta de estabilidade da coroa. A sua antecessora, no entanto, foi Maria I, que também não deu muitos momentos de paz a futura rainha.
Maria I era católica fervorosa e, entre os objetivos de seu reinado, estava a destruição e desmantelamento do protestantismo — religião na qual Elizabeth I foi criada e educada.
Esse foi um dos motivos, inclusive, pelo qual o governo da rainha começou a ruir, especialmente depois que deixou claras suas intenções em casar com Felipe da Espanha, também católico.
Com a crescente revolta da população e de nobres contra a atual rainha, os conspiracionistas se voltaram a Elizabeth I como um possível apoio, tendo em vista que ela era herdeira natural ao trono.
Em fevereiro de 1554, uma rebelião liderada pelo nobre Thomas Wyatt, que buscava montar um exército para tirar Maria I do poder, tomou conta do país. Porém, essa trama foi rapidamente reprimida — e Elizabeth I foi interrogada e depois aprisionada na Torre de Londres.
Apesar de ser pouco provável que ela tenha, de fato, participado da conspiração ativamente, alguns dos revoltosos entraram em contato com ela, tornando-a uma cúmplice.
Foi questão de tempo até que Maria I morresse com somente 42 anos de idade, no dia 17 de novembro de 1558. Assim, logo em seguida, há 464 anos, Elizabeth I se tornou rainha da Inglaterra.
A monarca teve uma grande aceitação entre o povo, que acreditava no poder conciliador da nova rainha. O reinado de Elizabeth I foi marcado por um nível significativo de conciliação interna, assim como a fundamentação completa das bases do anglicanismo como religião central da sociedade e do poder ingleses.
Filha do trágico rei Henrique VIII, ela governou por 45 anos, sendo uma monarca de importante sucesso político. Seu mandato criou a chamada Era Elisabetana, em que a cultura floresceu ao nível continental e a influência mundial da Inglaterra se endureceu.
Elizabeth I ficou conhecida na história pela alcunha de Rainha Virgem, uma fama relevante na legitimação, inclusive religiosa, de seu poder; marcando as últimas décadas de seu reinado.
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