Expurgo violento do líder nazista com supostos traidores do partido foi iniciado em 1934
Wallacy Ferrari Publicado em 30/06/2021, às 11h50 - Atualizado em 02/07/2022, às 00h00
Na noite de 30 de junho de 1934, há 88 anos, o líder nazista Adolf Hitler organizou, junto de agentes da Gestapo e da Schutzstaffel (SS), uma ação para evitar supostos problemas futuros com membros considerados possíveis opositores — mesmo que estes ainda fizessem parte do Partido Nazista.
Já considerado uma autoridade notável na organização, Hitler ordenou uma grande operação para matar os supostos traidores, cerca de 85 pessoas, incluindo comunistas, colegas de administração e inimigos antigos que, nos três dias seguintes, foram detidos e executados.
A equipe do site do Aventuras na História separou alguns dos episódios importantes para saber mais sobre o acontecimento. Conheça cinco fatos sobre o expurgo nazista com supostos traidores:
No ano anterior, Hitler já havia sido nomeado chanceler e alcançado uma posição de poder no partido após a aprovação da Lei Habilitante pela Reichstag. A medida dava direito a poderes ditatoriais e totalitátios ao líder — que fez questão de investir na militarização.
O investimento resultou um tropas parmilitares diretamente ligadas aos interesses do Partido Nazista, como a Sturmabteilung (SA, algo como 'Destacamento Tempestade'), cujo comportamente se assemelhava a uma milícia de intimidações aos rivais políticos.
Apesar de ter criado a SA e nomeado Ernst Röhm como capitão da esquadra, as batalhas contra os comunistas não agradaram suficientemente Hitler, visto que o Röhm tinha uma postura diferente de liderança — acreditava na melhor distribuição de renda da população com seu comando, além de acreditar na unificação do núcleo com o Exército Nazista.
Röhm também era homossexual, passando a ser tratado como um escandalo contrário ao chanceler. Dessa maneira, Hitler edificou os argumentos para organizar o fim da Sturmabteilung, visto que já haviam eliminado e reprimido os inimigos necessários.
O estopim para o início do expurgo nazista se deu em 24 de junho de 1934, quando o chefe da SS, Heinrich Himmler, e o chefe de segurança da SS, Reinhard Heydrich, se reuniram para produzir uma falsificação de documentos sugerindo que a tropa de Ernst planejava um golpe contra a própria cúpula do partido.
Dessa maneira, selecionaram os possíveis traidores que deveriam ser eliminados, entregando o arquivo três dias depois a Hitler, que iniciou o planejamento da operação, facilitada pela própria disposição dos combatentes internamente.
O grupo de extermínio se guiou por um plano do líder que organizou uma reunião dos membros da SA em um hotel em Bad Wiessee, na Alemanha, na noite de 30 de junho de 1934. Por lá, chegaram a ser retirados a força de seus quartos e executados ainda no local — mas Röhm obteve outro tipo de tratamento.
O capitão foi detido pelo próprio Hitler, que chegou a gritar "você está preso, seu porco!", como relata o jornal britânico The Times. No dia seguinte, Ernst foi levado para uma sala e teve um revólver entregue para cometer seu suicídio, sendo ordenado a se matar em até dez minutos. Ao recusar, um oficial o executou com um disparo.
Até o dia 2 de julho, ao menos 85 pessoas haviam sido mortas — parte compondo a SA, parte de opositores, aproveitando o expurgo para perseguir outros rivais. Além disso, outras centenas foram aprisionadas por membros do partido.
A organização foi reformulada e o comando passado para Victor Lutze, de maneira que ameaçasse qualquer manifestação mínima de aversão ao regime. O nome 'Noite das Facas Longas' foi retirado de uma das canções originais da esquadra.
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