A apresentadora Glória Maria - Divulgação
Glória Maria

Glória Maria: câncer de pulmão é um dos que tem mais probabilidade de atingir o cérebro

Em entrevista ao site Aventuras na História, o neurocientista Fabiano de Abreu Agrela fala sobre a doença

Redação Publicado em 02/02/2023, às 12h00

O jornalismo brasileiro foi pego de surpresa na manhã desta quinta-feira, 2, com a notícia da morte da jornalista Glória Maria, de 73 anos. Glória fez história na TV Globo, onde estava desde meados do início dos anos 70, e acumulava diversos trabalhos de sucesso na emissora.

Glória Maria Matta da Silva nasceu no Rio de Janeiro. Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, estudou em colégios públicos e sempre se destacou. “Aprendi inglês, francês, latim e vencia todos os concursos de redação da escola”, lembrou, ao Memória Globo.

A morte

A causa da morte não foi divulgada, mas a jornalista foi diagnosticada com câncer de pulmão há quatro anos, o que pode ter agravado o estado de saúde da profissional nos últimos dias.

Falando nas tão citadas metástases, células cancerígenas que se espalham por outros órgãos, o Pós PhD Neurocientista Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela, lembra que esse tipo de câncer é um dos que mais podem se espalhar pelo corpo até atingir o cérebro.

"O câncer de pulmão é um dos cânceres com maior probabilidade de se espalhar para o cérebro. Aproximadamente 10% dos pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (NSCLC) têm metástases cerebrais no diagnóstico inicial e até 40% acabarão desenvolvendo tumores cerebrais durante a doença", explica Fabiano.

Diferente do câncer cerebral, que se origina no cérebro e consiste em células cancerígenas cerebrais, as metástases cerebrais do câncer de pulmão ocorrem quando as células cancerígenas se desprendem do tumor nos pulmões e entram na corrente sanguínea ou viajam pelo sistema linfático até o cérebro, onde se multiplicam", emendou.

Segundo o especialista, à medida que os tumores cerebrais metastáticos crescem, eles podem danificar diretamente as células ou afetar o cérebro indiretamente, comprimindo partes dele ou causando inchaço e aumento da pressão dentro do crânio. Os primeiros sinais de alerta podem ser sutis e facilmente atribuídos a outras causas, incluindo quimioterapia.

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