Após mais de três décadas, a inocência do americano do estado do Michigan finalmente foi reconhecida
Giovanna Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 29/05/2021, às 08h00
No dia 7 de junho de 1988, um homem de 35 anos chamado Robert Mejia foi encontrado morto por esfaqueamento na cidade de Pontiac, no estado do Michigan. O corpo, segundo informações do UOL, estava próximo a uma pista de corrida, contudo, não havia sinal de quem poderia ter cometido o crime.
Na época, vários clientes de um bar - onde estivera a vítima pouco antes do assassinato -, descreveram a aparência de um homem que acompanhava Mejia quando este saíra do estabelecimento. No entanto, a equipe de investigação não conseguiu encontrar o responsável pela morte.
Meses depois, em novembro de 1988, surgiu uma suspeita: o jovem Gilbert Lee Poole, que, na época, tinha 22 anos. Ele se tornou réu quando sua então namorada o indiciou como potencial assassino.
Segundo o Projeto Inocência da WMU (Universidade do Oeste de Michigan), ela não era capaz de fornecer detalhes muito precisos sobre a cena do crime, no entanto, tornou-se a principal testemunha do estado.
Marcas de dentes encontradas no corpo de Mejia foram utilizadas como prova e Gilbert foi considerado culpado do crime, permanecendo 33 anos encarcerado. No entanto, investigações recentes revelaram que o cidadão norte-americano não tinha qualquer ligação com o ocorrido.
O escritório da procuradoria-geral de Michigan analisou as provas utilizadas na incriminação de Lee Poole e considerou que não havia qualquer base científica que justificasse a comparação de marcas de mordida.
Além disso, o órgão contestou o testemunho de um suposto especialista. Portanto, "tudo estava errado nesse caso", conforme declarou a advogada do acusado Marla Mitchell-Cichon, à FOX2.
A verdade é que testes de DNA, que na época da condenação de Poole não estavam disponíveis, mostraram novas evidências de que outra pessoa teria brigado com Robert Mejia. Assim, o homem que passou tatos anos preso, foi considerado inocente e liberado da prisão.
“Devo dizer que não entendi o que estava acontecendo em 1988, quando fui ao tribunal para ser julgado por um assassinato que não cometi. Aos 22 anos e a mil milhas de distância de qualquer pessoa que eu conhecia, chutei, gritei e bati os pés e disse que isso não está certo ”, declarou Gilbert Lee Poole em sua audiência, de acordo com a estação de rádio americana WBCK.
"Se pedimos para as cortes anularem uma sentença e inocentar uma pessoa, é porque temos 100% de certeza que a pessoa é a inocente. E no caso do senhor Poole, essa é a verdade", disse a Procuradora-Geral do Michigan, Dana Nessel, que comemorou a soltura do americano.
"Agora preciso descobrir como navegar um mundo que não vejo há 33 anos", declarou Gilbert emocionado após ser absolvido.
+Saiba mais sobre prisões por meio de grandes obras disponíveis na Amazon:
Presos que menstruam, de Nana Queiroz (2015) - https://amzn.to/36r7Gol
Estação Carandiru, de Drauzio Varella (1999) - https://amzn.to/2VkLUMT
Prisioneiras, de Drauzio Varella (2017) - https://amzn.to/2HXl7Dh
Regime fechado, de Débora Driwin Rieger Zanini (2016) - https://amzn.to/3lrMjaL
Cadeia, de Debora Diniz (2015) - https://amzn.to/3mtYDsj
Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.
Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp
Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W
Banco Central sob Ataque: Veja a história real por trás da série da Netflix
Outer Banks: Série de sucesso da Netflix é baseada em história real?
O Rei Leão: Existe plágio por trás da animação de sucesso?
Ainda Estou Aqui: O que aconteceu com Eunice Paiva?
Ainda Estou Aqui: 5 coisas para saber antes de assistir ao filme
Afinal, Jesus era casado e tinha filhos? Saiba o que dizem pesquisadores