O satélite natural da Terra poderá ter seu próprio fuso horário, interferindo diretamente em missões espaciais
Wallacy Ferrari Publicado em 09/03/2023, às 18h45
Satélite natural da Terra, a Lua chama atenção ao reverberar a luz solar em seu corpo no período noturno, abrilhantando os céus em suas fases de nova, crescente, cheia ou minguante. Mesmo distante do nosso planeta, a formação é a mais próxima de nossa órbita, rondando ao redor de onde vivemos.
Contudo, pela forma diferente como percorre ao longo dos dias em órbita, os pesquisadores da Agência Espacial Europeia (ESA) buscam uma solução para estimar a diferença de tempo entre a Terra e a Lua. O objetivo seria criar um fuso horário para facilitar os serviços de comunicação e navegação dos satélites, além de visar uma possível volta do ser humano a Lua.
Para alcançar um acordo, no entanto, a ideia não pode partir unicamente da agência, mas iniciou em consenso durante uma reunião no Centro de Tecnologia e Pesquisa Aeroespacial Europeia (ESTEC), da ESA, na Holanda. A medida também poderá ser recebida por agências espaciais do mundo inteiro, incluindo a famosa NASA.
Em comunicado, Pietro Giordano, engenheiro de sistema de navegação da ESA, relatou a necessidade da medida: "Durante esta reunião no ESTEC, concordamos com a importância e a urgência de definir um tempo de referência lunar comum, que seja internacionalmente aceito e ao qual todos os sistemas lunares e usuários possam se referir".
De acordo com a revista Galileu, todas as missões lunares já feitas até os dias atuais contou com uma escala própria de tempo baseada na terrestre. Contudo, o horário era sincronizado com o sinal de antenas do espaço, que recebiam o horário local terrestre. Por acompanhar a noite, no entanto, o fuso horário sempre apresentou inconsistências.
Se for instaurado, o fuso lunar poderá abrilhantar as missões com observações em tempos precisos, inclusive com o encontro de satélites. O fato pode ser instaurado a partir do lançamento do programa Artemis, da NASA, com a ativação da estação lunar Gateway.
Com estala de tempo comum, as missões poderão ser conectadas por diversas agências sem uma período documentado individualmente pela central de casa agência, de cada país participante da missão.
Para isso, no entanto, é necessário mudar o padrão dos relógios que vão no espaço, além de buscar alinhar com os da Terra. Por lá, sem a força máxima da gravidade, os ponteiros ganham 56 milionésimos de segundo por dia, variando também pela posição na órbita.
Isso será um grande desafio em uma superfície onde na região equatorial cada dia dura 29,5 dias, incluindo noites lunares geladas de quinze dias, com toda a Terra sendo apenas um pequeno círculo azul no céu escuro”, explica Bernhard Hufenbach, membro da Equipe de Gerenciamento do Moonlight.
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