Evento ocorreu em 9 de janeiro de 1822, marcando a permanência da Família Real nos trópicos
Joseane Pereira Publicado em 09/01/2020, às 07h00
"Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico". Essa frase, proferida no dia 9 de janeiro de 1822 após D. Pedro receber uma carta de Lisboa exigindo seu retorno a Portugal, foi uma das decisões mais importantes do Brasil Império e tem presença marcada nos livros de História.
Contrariando as ordens
Naquela época, o Brasil corria o risco de voltar a ter status de Colônia. Com a volta de D. João VI para Portugal, as cortes exigiam que seu filho também voltasse, e fosse nomeado governador do Brasil. Entretanto, as elites brasileiras também pressionavam D. Pedro para que ele permanecesse nos trópicos.
Ficando ao lado dos brasileiros, D. Pedro I passou a ser considerado um defensor do país. Tanto a elite liberal quanto a conservadora estava ao seu lado: os liberais, compostos por padres, estudantes e funcionários públicos, queriam melhoria na qualidade de vida dos cidadãos. Já os conservadores, que eram basicamente comerciantes, não desejavam mais pagar impostos a Portugal.
Após a decisão de Pedro, apoiada por sua esposa Leopoldina de Habsburgo, cerca de 2 mil militares portugueses se reuniram no Morro do Castelo, localizado no Rio de Janeiro, e foram cercados por 10 mil brasileiros armados, pertencentes à Guarda Real da Polícia. Sob ordem de D. Pedro, os militares da Corte retornaram a Portugal.
Curiosamente, quem assinou o decreto efetivo que separava o Brasil de Portugal não foi D. Pedro, mas sua esposa Leopoldina: na ocasião, ele estava em São Paulo, fazendo acordos de lealdade com os paulistas. Junto com os ministros, ela assinou e informou o fato ao seu esposo por meio de uma carta, que D. Pedro leu no dia 7 de setembro às margens do rio Ipiranga.
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