Segundo sua enteada, ele tinha um motivo específico para manter a fortuna em 'segredo'
Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 16/01/2021, às 11h00
Jack MacDonald foi um homem americano que fez uma fortuna ao investir no mercado de ações. Vale dizer que não começou do zero: seus pais deixaram uma farta herança, que serviu para dar um pontapé em sua vida profissional.
A despeito de sua riqueza, todavia, o norte-americano teve uma vida simples e modesta, mostrando que gostava muito mais de acumular seu dinheiro do que gastá-lo. Longe de ostentar, embora Jack tivesse condições de embarcar num estilo de vida luxuoso, optou por sempre gastar o mínimo. A história foi repercutida pela revista Época em 2013.
Ele não se importava de usar roupas velhas ou pegar transporte público lotado, por exemplo, valorizando mais a economia que o conforto. Quando fazia compras - no supermercado, vamos dizer - buscava por promoções e até quando foi hospitalizado devido a uma queda, orientou os parentes a pedirem por medicamentos genéricos, assim evitando os que custam uma fortuna.
Sua maneira simples de viver tinha uma única exceção: viagens. Essa era a única ocasião em que MacDonald se permitia aproveitar aquilo que sua grana podia comprar.
De acordo com Regen Dennis, sua enteada, durante os 28 anos de casamento do casal, que apenas acabou com a morte da mulher, eles visitaram a Europa, a Austrália, a África e o Canadá.
Segredo revelado
Em 2013, a história de Jack chamou a atenção da mídia norte-americana de Seattle, onde morava. Isso porque o senhor, então com 98 anos, havia acabado de falecer. E com sua morte, veio a notícia sobre quanto dinheiro ele de fato tinha.
"Jack fazia de tudo para parecer pobre. Em parte, porque ele não queria ser importunado por pessoas lhe pedindo dinheiro", explicou Regen, conforme repercutido pelo News AU em 2013, referindo-se a um dos motivos por trás do comportamento inusual de seu padrasto.
Certamente, ser alvo de constantes apelos por “empréstimos” vindos conhecidos pode ser incômodo, todavia, o homem certamente fez um esforço acima do comum para evitar a situação.
No fim da vida, ele tinha uma fortuna acumulada de 187 milhões de dólares, ou, convertidos para nossa moeda, 430 milhões de reais na época. Diferente dos seus pais, que deixaram seu dinheiro de herança para o filho, MacDonald decidiu que queria ser lembrado como um filantropo.
Dessa forma, quando o senhor bateu as botas, seus milhões foram inteiramente depositados em três instituições escolhidas previamente por ele: o Hospital Infantil de sua cidade, a Escola de Direito da Universidade de Washington e o Exército da Salvação (que faz nos Estados Unidos o mesmo trabalho que a Cruz Vermelha no Brasil).
Ele havia escolhido as instituições como uma homenagem aos pais. A enteada de Jack explica que enquanto a mãe dele arrecadava fundos para o hospital, o pai, trabalhava próximo aos operários (assim justificando a doação ao exército). "Ele era muito, muito leal aos desejos de seus pais", disse Dennis.
Jack havia preparado seu testamento em 2010, quando a saúde foi abalada por uma doença, de forma que teve tempo de falar sobre sua decisão para os parentes. "Ele se sentia muito bem a respeito do que estava fazendo com seu dinheiro e nossa família se sentiu muito bem sobre isso também", comentou sua enteada.
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