Contando com "choques elétricos", o experimento marcou a psicologia no que se refere a pressão psicológica
Wallacy Ferrari Publicado em 10/08/2022, às 17h05 - Atualizado em 02/12/2022, às 13h00
No ano de 1961, uma série de experimentos promovidos pelo pesquisador Stanley Milgram iniciaram uma extensa e premiada análise sobre um fato histórico que, na época, estava em pleno debate.
Naquele ano, o tenente-coronel nazista Adolf Eichmann ia para julgamento, em Jerusalém, buscando se defender das acusações de assassinatos, tortura e uma série de outros abusos contra os direitos humanos durante os episódios do Holocausto. Contudo, junto dele, uma série de membros do partido e oficiais de patentes menores estavam indo a julgamento.
Sabendo disso, Milgram decidiu iniciar um experimento ao indagar se todos os envolvidos deveriam ser chamados de cúmplices, visto que não tiveram a ideia do ato, mas sim, o cometeram ao cumprirem ordens que, naquela circunstância, não eram ilegais. Dessa forma formulava um experimento, explicado em vídeo pelo professor de história Vitor Soares.
Acumulando mais de 25 mil seguidores em suas redes sociais, Vitor apresenta o podcast Desventuras na História, promovido pelo portal do Aventuras na História, disponível nas principais plataformas de streaming de áudio. Passo-a-passo, ele enalteceu que a pesquisa pôde, enfim, responder o "por que as pessoas obedecem tiranos".
Na época, um anuncia convidou participantes e os pagava para um suposto estudo. Ao chegarem ao local do experimento, Milgram apresentava uma outra pessoa como um participante captado pelo anúncio, mas que, na verdade, tratava-se de um ator. Um terceiro participante, apresentado com um jaleco para a dupla, era na verdade um assistente.
Em uma sala, separada por uma parede com vidro, o assistente fazia um sorteio falso para quem ficaria em qual lado do vidro. O ator estaria sempre programado a perder, ficando do outro lado, onde seria disposto em uma cadeira elétrica. Do lado oposto, o cobaia real seria colocaem em frente a uma mesa, onde o assistente colocaria um objeto, semelhante a um disjuntor, sobre a mesa.
O experimento foi feito com uma pessoa da equipe do Milgram, uma cobaia convidade e um ator que fingia também ser cobaia. O homem da equipe fazia uma pergunta genérica para a cobaia e, se ela errasse, o ator que fingia ser uma cobaia tomava um choque; Não era um choque de verdade, mas o ator fingia", enalteceu Vitor.
Dada a passagem das perguntas, os choques ficavam cada vez mais violentos, com o ator simulando um desmaio. A cena brutal poderia acometer a cobaia para que ela manifestasse desinteresse em prosseguir com os experimentos, mas era o que Milgram queria, pois colocaria em prática um protocolo de autoritarismo do assistente para que as cobaias fossem colocadas em prova.
“Quando a cobaia se negasse a continuar, o homem da equipe insistia que ela continuasse. Boa parte das cobaias obedeceram a autoridade, mesmo machucando uma pessoa desconhecida”, acrescentou Soares.
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