Amante das artes desde pequeno, o desenhista deu vida à personagens icônicos e, assim, fez parte da infância dos brasileiros
Pamela Malva Publicado em 27/10/2020, às 16h57
Sempre cercado por poesias, Mauricio Araújo de Sousa, que hoje faz 85 anos, era um garoto sonhador. Quando criança, sabia que queria viver de seus desenhos, mas mal podia imaginar que, um dia, sua assinatura seria uma das mais conhecidas do Brasil.
Filho de um casal de poetas, o menino cresceu entre apresentações, saraus e espetáculos artísticos. Quando contou para o pai que se tornaria desenhista, no entanto, escutou que essa não seria uma boa profissão para o seu futuro.
Contrário aos vários avisos, Mauricio começou a ilustrar cartazes e, de repente, era dono de um dos maiores títulos de histórias em quadrinhos do país. Com lápis e borracha em mãos, o menino de Santa Isabel logo tornou-se o pai da Turma da Mônica.
A construção de um império
Apaixonado por arte, Mauricio de Sousa sempre teve o sonho de viver de seus desenhos. Mesmo quando trabalhava como repórter policial na Folha da Manhã, o artista continuava desenvolvendo seus personagens.
No dia 18 de julho de 1959, então, nasceu à primeira história do cãozinho Bidu e de seu dono, o Franjinha. No ano seguinte foi à vez do Cebolinha e, mais tarde, para o jornal carioca Tribuna da Imprensa, vieram Piteco e sua turma.
Tendo se casado algumas vezes, Mauricio teve dez filhos. Muitos deles, como Mônica, Magali, Marina, Mauricio Takeda e Mauro Takeda serviram de inspiração para alguns dos principais personagens da turma que vive no fantástico Bairro do Limoeiro.
O pai de uma geração
Hoje, com mais de 60 anos de carreira nos quadrinhos, Mauricio de Sousa já passou por diversos obstáculos para chegar onde chegou. Enquanto ainda trabalhava na Folha de S. Paulo, por exemplo, acabou sendo demitido.
Uma vez presidente Associação de Desenhistas de São Paulo, o cartunista tornou-se dono da Mauricio de Sousa Produções e, com a marca, lançou um verdadeiro império. De revistas e cosméticos ao Parque da Mônica, os personagens da turma mais querida do Brasil marcaram a infância de diversas gerações.
Para o desenhista, todavia, suas produções não se limitam aos pequenos. Em entrevista à Todateen, Mauricio deixou claro que "tudo o que é produzido para as crianças alegram também aos adultos", já que "um livro infantil é ponto de ligação entre gerações".
Foi com a ajuda de uma garotinha esquentada, com dentes grandes e um vestido vermelho então, que Mauricio de Sousa revolucionou a relação entre os brasileiros e os quadrinhos. Agora, aos recém-completados 85 anos, seus planos parecem crescer cada vez mais. "Eles não são 'infalíveis' como os do Cebolinha, mas muito bem pensados e levados adiante por uma equipe que nos dá orgulho", brinca.
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