Segundo Steve Wells, estudioso do assunto e editor do site Skeptic’s Annotated Bible, quando o assunto é morte, Deus dá de goleada no Coisa-Ruim
M.R. Terci Publicado em 03/01/2020, às 08h00
Toda pesquisa em qualquer área do conhecimento humano necessita de algum critério ou método e investigação científica que todos os interessados possam empregar para chegar às mesmas conclusões. Por essa razão, uma doutrina bíblica é considerada verdadeira se existir evidências escriturísticas suficientemente fortes para apoia-la para além de toda dúvida razoável. Para os estudiosos, portanto, a fonte de pesquisa de qualquer temática da bíblia é a escritura bíblica.
O escritor e editor do site Skeptic’s Annotated Bible, Steve Wells já analisou a Bíblia livro a livro, significado da nomenclatura de cada um dos folhos, autoria, datação, apresentando notas sobre o contexto histórico e análise de personagens-chave e temas históricos e teológicos. Ele tem preferência por temas polêmicos, páginas que raramente são lidas na igreja e que são ignoradas pela grande maioria dos crentes do Livro Sagrado.
Um destes temas, em especial, exerce um fascínio macabro sobre nós: a morte. O tema atraí, mas ao mesmo tempo causa repulsa, ambiguidade que se expressa em nossa curiosidade a respeito do acidente, da catástrofe, do assassinato, do genocídio e do armagedom.
Você provavelmente já ouviu falar da grande inundação no episódio da arca de Noé, Sodoma e Gomorra, o êxodo do Egito, Davi e Golias. Mas existem mais de 150 outros grandes morticínios desconhecidos para praticamente todos. Wells anotou e somou todas as mortes registradas nas sagradas escrituras cometidas direta ou indiretamente por Deus, ou, ainda, em nome Dele.
O total — pasmem! — é de 2.552.452 mortes.
Segundo o norte-americano, quando o assunto é morte, Deus dá de goleada no Coisa-Ruim. Entretanto, pelos relatos bíblicos, Deus foi a causa de muito mais mortes, porque há ali eventos cujo número de vítimas nunca foi mencionado, enquanto existe o registro de apenas 10 mortes creditadas a Satanás.
Wells fez uma estimativa desses massacres para ter uma ideia do total que seria mais condizente com os registros bíblicos. Evidente que os números do estudioso americano podem ser questionados, porque não se baseiam em nenhum critério científico. Para os céticos, por exemplo, nunca houve arca de Noé. Assim, Wells pode ser acusado tanto de ter superfaturado os números como de ter passado o pano.
De qualquer forma, deixando as estimativas do estudioso de lado, a soma parcial já é mais do que suficiente para dar o cinturão de peso pesados à Deus. Curiosamente, Wells não é um ateu. “Sou um cara religioso e temo a Deus. Principalmente agora.”
M.R. Terci é escritor e roteirista; criador de “Imperiais de Gran Abuelo” (2018), romance finalista no Prêmio Cubo de Ouro, que tem como cenário a Guerra Paraguai, e “Bairro da Cripta” (2019), ambientado na Belle Époque brasileira, ambos publicados pela Editora Pandorga.
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