Sofrendo por complicações causadas pela AIDS, o artista viveu seus últimos dias ao lado de amigos e de suas paixões, se despedindo de maneira melancólica em novembro de 1991
Fabio Previdelli Publicado em 24/07/2020, às 07h00
Para muitos, Freddie Mercury foi o maior cantor de todos os tempos. Além de todo o espetáculo que era frente aos palcos, o artista tinha uma voz inigualável, que chegou até mesmo a ser estudada pela ciência (conforme revela matéria publicada pela Rolling Stones), e ficou responsável por eternizar diversas canções que se tornaram verdadeiros hinos.
Entretanto, ao contrário do que construiu ao longo de toda sua vida, seus momentos finais foram muito mais melancólicos e sofridos. Diagnosticado com AIDS em 1987, Farrokh Bulsara (nome de batismo do artista) passou a sofrer diariamente com as complicações da doença.
Como se já não bastasse, também era constantemente atormentando pela mídia, que o pressionava a revelar seu verdadeiro estado de saúde. Magro e cada vez mais pálido, seu sofrimento enfim acabou em 24 de novembro de 1991, quando o cantor faleceu vítima de broncopneumonia, acarretada pela AIDS.
Conheça 5 fatos tristes sobre os dias finais de Freddie Mercury:
1. A última aparição em público
Em 18 de fevereiro de 1990, Freddie recebeu, no Brit Awards, o prêmio de Contribuição Espetacular à Música Britânica. Na ocasião, as únicas palavras ditas pelo vocalista do Queen durante a cerimônia foram: “Obrigado… boa noite”.
Após esse evento, o artista se retirou em sua casa e por lá viveu seus últimos momentos, onde já não conseguia mais nem sair da cama devido ao agravamento de sua enfermidade.
2. Freddie jamais foi abandonado por seus amigos
Apesar de ficar fora dos holofotes, o artista jamais foi esquecido. Isso é o que garante seu assistente pessoal e amigo Peter Freestone, que relatou que as pessoas próximas ao cantor passaram a fazer um revezamento na casa de Mercury, em suas últimas semanas de vida, para que ele nunca se sentisse sozinho.
"Na última semana, ele já não saía mais da cama e nunca estava sozinho. Nós fazíamos turnos de 12 horas [para acompanhá-lo]. Eu estava sentado na cama segurando as mãos dele para que, quando ele acordasse, tivesse alguém lá. Nós conversamos sobre amenidades como amizades e fofocas", relembrou Peter em entrevista.
3. Perda da visão
Em seu livro Mercury and Me, Jim Hutton, namorado do cantor, relatou que Freddie sofria diariamente com fortes dores no corpo. Já Mary Austin, sua melhor amiga e o amor de sua vida, como o próprio a considerava, disse em entrevistas que o músico também estava perdendo sua visão.
“A qualidade de vida dele havia mudado drasticamente e ele sentia mais dor a cada dia. Ele estava perdendo a visão. O corpo dele enfraquecia a cada nova convulsão”, relembrou Austin lamentado a perda do amigo.
4. A desistência do tratamento e divulgação de seu estado de saúde
Cansado de sua situação cada vez mais debilitada, Freddie decidiu que não tomaria mais remédios e que esperaria por sua morte. Assim, em 10 de novembro de 1991, informou que abandonaria todos seus tratamentos.
Jim Hutton relata em sua obra que o último dia em que o astro da música esteve consciente foi em 22 de novembro, quando pediu para que seu empresário divulgasse seu real estado de saúde para o público. Assim, no dia seguinte, seu pedido foi atendido e o mundo todo soube o diagnostico real de Mercury, que morreu menos de 24 horas depois.
5. Seus últimos pedidos
Em 24 de novembro, o vocalista do Queen teria acordado durante a madrugada e pedido para que Jim lhe buscasse algumas frutas. Depois de comer, ele voltou a dormir. Por volta das três horas da manhã, Freddie acordou seu amado novamente, desta vez de forma brusca e apontando para sua boca, sem conseguir falar. Prontamente um enfermeiro chegou e percebeu que o cantor estava engasgado, conseguindo salvá-lo o mais rápido possível.
Seus últimos momentos em vida aconteceram pouco depois, por volta das 6 horas da manhã, quando ele levantou pedindo ajuda para urinar, no que seriam suas últimas palavras. Hutton o ajudou e em sequencia eles voltaram para cama.
Posteriormente, Freddie passou a ter fortes convulsões e novos médicos foram chamados. A equipe lhe aplicou morfina, para tentar amenizar as dores que ele sentia, porém, o cantor mal conseguia responder aos estímulos que lhe foi dado.
Ao tentar trocar sua roupa novamente, depois de perceber que Mercury não havia conseguido pedir para ir ao banheiro pela segunda vez, Jim notou que as pernas do cantor já estavam sem força e imediatamente lhe cobriu de beijos e abraços, naquela que foi sua despedida.
O funeral de Freddie Mercury aconteceu três dias depois, quando o corpo do cantor foi cremado no Cemitério de Kensal Green. As cinzas do artista ficaram com Mary Austin e, até hoje, apenas ela, Jim Hutton, os membros do Queen e os familiares do cantor sabem onde os restos do artista foram depositados.
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