Monumento histórico de São Paulo, o local guarda um pedaço importante do passado do país em meio aos caos urbano da grande metrópole
Alana Sousa Publicado em 11/07/2021, às 07h00
Em meio ao caos paulistano, em uma grande estrutura feita de granito e bronze, nas margens do riacho do Ipiranga, descansa os restos mortais de Dom Pedro I e suas duas esposas, a Imperatriz Leopoldina e a Dona Amélia de Leuchtenberg.
O local do descanso final do primeiro imperador do Brasil, que abdicou o trono em favor de seu filho, D. Pedro II — o último imperador do país —, esconde segredos e parte do passado imperialista que ainda gera bastante curiosidade entre a população e estudiosos.
Talvez quem passe, na pressa de um longo dia, nem preste atenção nas estátuas que apresentam diferentes momentos que culminaram na Independência do Brasil como a Inconfidência Mineira, a Revolução Pernambucana e as faces das renomadas figuras: José Bonifácio de Andrada e Silva, Diogo Antonio Feijó e Joaquim Gonçalves Ledo.
Conhecida como Cripta Imperial ou, ainda, como Monumento à Independência, a estrutura está localizada no Parque da Independência, bairro do Ipiranga, na cidade de São Paulo, uma das maiores metrópoles da América Latina. Atualmente, o local é gerido pelo Departamento dos Museus Municipais.
A estrutura foi fundada em 1922, quando o país comemorou o centenário da Independência do Brasil, data em que a nação deixou de ser parte do Império Português, em 1822. No entanto, por muito tempo, o monumento funcionou apenas como um túmulo honorário, e não mantinha nenhum cadáver de fato, apenas como forma de homenagem.
Anos antes, todavia, o governo de São Paulo, havia iniciado um concurso com artistas do mundo inteiro para desenhar o projeto histórico. O vencedor foi o italiano Ettore Ximenes que, embora tenha surgido controvérsias na época, sobre a falta de elementos brasileiros no design, permaneceu como líder da ideia, contando com a ajuda do escultor Manfredo Manfredi.
Após alguns elementos terem sido alterados, o monumento foi inaugurado. A ocasião foi simbólica, visto que o projeto não estava finalizado e apenas quatro anos mais tarde ficaria totalmente completo.
Porém, a cripta que guarda os restos mortais dos membros da família imperial brasileira foi construída só em 1953. Um ano depois, o esqueleto de Leopoldina foi enviado do Convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro, para a então chamada ‘capela imperial’.
A cripta se tornou o paradeiro final de D. Pedro I em 1972. Quase uma década mais tarde, em 1984, passou a abrigar também o corpo mumificado de Dona Amélia. Ambos estavam sepultados no Panteão dos Braganças, em Lisboa, Portugal, perto de onde o imperador nascera.
Desde o início dos anos 2000, uma alteração foi feita, trata-se de uma entrada para o interior do monumento, onde jaz a cripta. A modificação foi feita pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) e permite que o acesso aos corpos lá instalados seja mais fácil e exista mais segurança.
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