No último final de semana, cosmonautas enfrentaram um contratempo quando um "odor incomum" foi detectado; saiba mais detalhes!
Redação Publicado em 28/11/2024, às 11h00
Cosmonautas russos a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) enfrentaram um contratempo no último fim de semana, quando um "odor incomum" foi detectado, obrigando-os a isolar temporariamente uma parte do complexo espacial.
A fonte do cheiro foi identificada como a nave de carga Progress 90, conforme relatado pela NASA no domingo, 24 de setembro, segundo repercutido pela CNN.
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O fenômeno foi atribuído à liberação de gases provenientes de materiais no interior da Progress, segundo informações divulgadas pela NASA à CNN na segunda-feira seguinte. Kelly O. Humphries, chefe de comunicação do Centro Espacial Johnson, garantiu que não há motivos para preocupação com a segurança da tripulação.
A Progress, uma nave não tripulada responsável por transportar experimentos científicos, alimentos e outros suprimentos para a ISS, utiliza dimetil-hidrazina assimétrica e tetróxido de nitrogênio como propelentes. Apesar de serem substâncias extremamente tóxicas para humanos, Humphries esclareceu que estas não foram identificadas como causadoras do incidente.
O fenômeno de desgaseificação ocorre quando objetos feitos pelo homem deixam a proteção da atmosfera terrestre e são expostos às condições extremas do espaço. Humphries destacou que os materiais suspeitos de emitir gases dentro da Progress não estavam relacionados ao combustível.
Após o surgimento do odor, os cosmonautas fecharam a escotilha conectando o módulo Poisk ao restante da estação espacial. Equipamentos de purificação de ar foram acionados por controladores em solo como parte dos protocolos padrão. O odor se dissipou rapidamente, permitindo que as operações continuassem conforme planejado.
Em comunicado adicional nas redes sociais, a NASA confirmou que os níveis de qualidade do ar na ISS permaneciam normais. A Progress chegou à estação transportando cerca de três toneladas de suprimentos após seu lançamento do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, em 21 de novembro.
Este episódio junta-se a outros desafios enfrentados na ISS, envolvendo particularmente o módulo Zvezda controlado pela Rússia, que tem sido ocasionalmente fechado devido a vazamentos de ar. Desde o ano 2000, a estação tem abrigado equipes rotativas de cosmonautas e astronautas oriundos de mais de 20 nações.
A NASA planeja operar a ISS juntamente com suas cinco agências parceiras até pelo menos 2030. Além da Roscosmos, fazem parte desse consórcio a Agência Espacial Canadense, a Agência Espacial Europeia e a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial.
Contudo, a continuidade do envolvimento russo além de 2028 ainda é incerta e deverá ser esclarecida somente após 2025, conforme aponta um relatório recente do Gabinete do Inspetor Geral da NASA.
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