Uma das mais assistidas séries da Netflix relembra um caso que chocou a Espanha em 2017
Redação Publicado em 18/09/2023, às 12h23 - Atualizado em 27/09/2023, às 18h07
Um crime que chocou a Espanha em 2017 agora chama atenção no catálogo da plataforma de streaming Netflix. O assassinato de Pedro Rodríguez virou tema de uma série ficcional e um documentário da Netflix. A série 'Corpo em Chamas' se encontra no top 10 das séries mais assistidas por brasileiros.
A produção mistura fato e ficção ao reproduzir a insólita história por trás da revelação de um carro que foi alvo de um incêndio e que contava com um corpo em seu interior. Embora a descoberta por si só tenha chamado atenção, foram as investigações que revelaram um triângulo amoroso que terminou em tragédia. O caso logo estampou os principais jornais.
"Em maio de 2017, os restos carbonizados do policial Pedro (José Manuel Poga) são encontrados dentro dos escombros de um carro em Barcelona. A descoberta rapidamente cai na boca do povo, ainda mais depois que a investigação sobre o ocorrido começa a revelar uma rede de relações tóxicas, mentiras, violências e escândalos sexuais envolvendo Pedro e mais duas pessoas da polícia: Rosa (Úrsula Corberó) e seu ex-namorado Albert (Quim Gutiérrez)", explica a Netflix sobre "Corpo em Chamas' em material para a imprensa.
Conforme as investigações avançavam, as autoridades revelaram que Rosa Peral, a namorada de Pedro Rodríguez, era suspeita do crime ao lado de Albert López, o amante. Mas como o crime aconteceu? Por onde anda Rosa Peral?
Antes de Robert e Pedro, Rosa fora casada com Ruben Carbó, que conheceu ainda no ensino médio. O relacionamento passou por um momento turbulento no momento em que Rosa teve um caso fora do casamento com um subinspetor chamado Oscar. Ambos eram membros da Guàrdia Urbana de Barcelona, a polícia local.
No momento em rompeu com o amante, ele invadiu o e-mail de Rosa e enviou fotos explícitas para todos os funcionários da Guàrdia Urbana de Barcelona. O casal, com duas filhas, tentou deixar o episódio no passado, mas, Rosa disse que o relacionamento se tornou 'tóxico'.
Ainda ao lado de Ruben, Rosa passou a se envolver com Albert López, que era seu parceiro durante rondas. O que era um caso extraconjugal evoluiu para um relacionamento amoroso, no entanto, Albert não conseguia assumir Rosa e as filhas. Separada de Ruben, ela conheceu Pedro Roríguez, que estava disposto a engatar um relacionamento.
Além de uma boa relação com ela, Pedro também cuidava das filhas de Rosa. Conforme repercutido pelo The Cinemaholic, ele até mesmo teria a pedido em casamento. Mas, toda a situação mudou em maio de 2017, quando o corpo de Pedro foi encontrado carbonizado.
Durante as investigações, foi revelado que Rosa e Albert voltaram a se relacionar. Ela, entretanto, disse que tinha em mente o que o ex-amante poderia fazer de negativo com as suas filhas. Entretanto, o que não repercutiu bem para a suspeita é que foi descoberto que eles nunca deixaram de se comunicar. Também foi dito que ele deu um anel para a amada.
Rosa disse que teve uma discussão feia com Pedro em 2 de maio de 2017. Ele saiu de casa, o que teria marcado o último contato da dupla. Rosa alegou que Albert chegou enfurecido em sua casa e determinou que ela usasse o carro de Pedro e começasse a dirigir. No reservatório da represa Foix, ele incendiou o veículo, o que fez com que fugisse do local. Albert a alcançou e pediu que ela entrasse no carro, ele teria ameaçado a vida das filhas de Rosa.
Já nas palavras de Albert, a versão muda. Ele disse que Rosa havia colocado o corpo de Pedro no carro e que pediu a sua ajuda para incendiar o carro. No entanto, a versão que condenou ambos pelo crime alega que eles conspiraram para tirar a vida de Pedro. Rosa teria drogado o namorado e Albert levou o corpo até o carro.
Presa, Rosa negou que tenha conspirado para tirar a vida do namorado. Ela disse que foi motivada pelo medo do que o amante poderia fazer contra a vida de suas filhas. No entanto, furos nos relatos de Rosa chamaram atenção. Um deles, por exemplo, questionava o que a motivou a esperar um período de mais de 10 dias para colaborar com as autoridades. Ao mesmo tempo, como já mencionado, o fato dela nunca ter deixado de se comunicado com Albert não foi um fator positivo para sua versão.
Em 2020, ela encarou a condenação de 25 anos de prisão. Já Albert López foi condenado a 20 anos de prisão. Além disso, eles também precisam indenizar os familiares de Pedro em 885 mil euros.
A pena de Rosa foi enviada para recurso no Tribunal Superior da Catalunha e para o Supremo Tribunal, no entanto, a sentença permanece. Hoje, Rosa se encontra na Penitenciária Mas d'Enric em Tarragona, na Espanha. Recebe a visita das filhas através de seu pai uma vez por mês.
Além da série, o caso também pode ser conferido em detalhes no documentário 'O Caso Rosa Peral', também disponível na Netflix.
"Cheguei a ouvir atrocidades na TV que me surpreendem por poderem ser ditas. Falam comigo sobre o direito à informação, mas que tipo de informação é essa? Antes de entrar no julgamento já sabiam o meu nome, já conheciam o caso, como tinha sido explicado e era muito difícil dizer o que tinha acontecido. (…) Criaram uma personagem", afirmou Rosa no documentário, conforme repercutido pelo Público.
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