A saga do ladrão que realizou 17 bancos na década de 1990 virou "Como Roubar um Banco", novo documentário da Netflix
Isabelly de Lima Publicado em 06/06/2024, às 16h43 - Atualizado em 08/06/2024, às 14h05
O novo documentário da Netflix, "Como Roubar um Banco", dirigido por Seth Porges e Stephen Robert Morse, narra a história real de Scott Scurlock, um dos assaltantes de banco mais prolíficos da história dos Estados Unidos.
Scurlock, nascido na Virgínia, roubou com sucesso US$ 2,3 milhões de 17 bancos na área de Seattle durante o início da década de 1990. Inspirado por filmes de ação como "Point Break", ele usava disfarces chamativos, o que lhe rendeu o apelido de "Hollywood".
Segundo o documentário, Scurlock escolhia principalmente bancos em bairros ricos. Ele conseguiu evitar a polícia por anos, mas sua sorte acabou na véspera do Dia de Ação de Graças em 1996, após seu maior assalto, até então.
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Com isso em mente, confira a história real do bandido de "Como Assaltar um Banco"!
Nos anos 90, um ladrão de bancos peculiar assombrava as ruas de Seattle, nos Estados Unidos. William Scott Scurlock, conhecido como "Hollywood" pela polícia, era um ex-traficante de drogas que se tornou um dos assaltantes mais prolíficos da história da cidade.
Criado em Reston, Virgínia, por um pai pastor de jovens e uma mãe professora, Scurlock trilhou um caminho diferente do esperado. Ele se envolveu com o tráfico de drogas, cultivando e vendendo maconha no Havaí e fabricando metanfetamina em laboratórios da faculdade em Olympia.
Em 1990, após o assassinato de seu principal distribuidor, Scurlock trocou o tráfico de drogas por assaltos a bancos. Cometeu seu primeiro crime em 1992, com a ajuda de Mark Biggins. Logo, o bandido partiu para outra fase na carreira, recrutando amigos para ajudá-lo em seus assaltos.
Apenas no primeiro ano, Scurlock roubou mais de US$ 320 mil, demonstrando inteligência e astúcia para escapar da polícia durante quatro anos. Descrito como bonito e educado por muitos, ele se destacava por sua aparência charmosa.
Dois cúmplices de Scott Scurlock foram condenados a 21 anos de prisão cada. Steven Paul Meyers e Mark John Biggins ajudaram Scurlock em vários assaltos, incluindo seu último e maior roubo, em 1996, informa a People.
Em 27 de novembro de 1996, o trio roubou mais de US$ 1 milhão de um banco, o maior assalto de Scurlock até então. Testemunhas notaram atividades suspeitas em uma van branca presa no trânsito, alertando a polícia.
Uma perseguição de carro e tiroteio se seguiram, terminando com “Hollywood” colidindo o veículo contra uma casa. Ele fugiu do local, enquanto Meyers e Biggins foram encontrados com ferimentos à bala.
A dupla foi condenada por diferentes crimes, incluindo roubo bancário, conspiração e porte de arma de fogo durante um crime violento. Meyers foi liberto da prisão em 2013 e Biggins em 2015. Eles participam do documentário.
A polícia passou a noite toda vasculhando propriedades em busca dele, incluindo a de Wilma Walker, de 85 anos. No entanto, por razões desconhecidas, as autoridades não verificaram um trailer desativado em sua própria propriedade. Sabendo que a polícia procurava um suspeito armado, os filhos de Walker verificaram o veículo antes do jantar de Ação de Graças.
“Quando chegamos lá, encontramos a porta dos fundos trancada”, disse Bob Walker também ao The Seattle Times em 1996. “Então peguei um pedaço de madeira e comecei a bater na porta, tentando abri-la. Acho que alguém estaria lá, muito menos ele".
Os Walkers viram alguém dentro e ligaram para o 911. Quando a polícia se aproximou do trailer, um tiro foi disparado de dentro e a polícia revidou. Scurlock foi encontrado morto no local, e a polícia determinou que o único tiro disparado foi autoinfligido.
A morte de Scurlock marcou o fim de uma onda de assaltos a bancos que aterrorizou Seattle no início da década de 1990. O documentário já está disponível na Netflix. Confira o trailer abaixo:
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