Enorme estátua do imperador romano Constantino, o Grande foi redescoberta em 1486, separada em partes; confira!
Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 18/02/2023, às 18h00 - Atualizado em 18/05/2023, às 18h02
Muitos achados arqueológicos custam para serem feitos, isso porque, com o tempo, não só fica cada vez mais difícil de se determinar a localização de alguns tesouros e antigas construções soterradas, como muitas vezes os artefatos encontrados são surpreendentemente pequenos.
Mas, em oposição às tentativas de "achar agulha em palheiro", um achado referente a um dos maiores imperadores romanos do passado foi feita com certa facilidade, devido ao seu impressionante tamanho.
Redescoberto em 1486 — não se espera que uma enorme estátua seja muito difícil de se encontrar, afinal —, o Colosso de Constantino era uma impressionante escultura do imperador romano Constantino, o Grande, um dos mais importantes da história, sendo responsável não só pela criação da cidade de Constantinopla, que viera a se tornar capital do Império Romano, como também pela implementação do cristianismo como religião oficial.
Porém, a estátua não foi tão simples de se encontrar, apesar de seus impressionantes 12 metros de altura originais. Isso porque era impossível identificá-la como uma única obra: quando foi encontrada, já estava toda fragmentada, de forma que o achado foi feito pouco a pouco, parte por parte do corpo do imperador.
Segundo o portal do Joy of Museums Virtual Tours, o Colosso de Constantino foi uma enorme estátua esculpida do imperador romano Constantino, o Grande (280–337), que ficava originalmente perto do Fórum Romano, em Roma. Sabe-se que, redescoberto em 1486, a estátua teria sido desmantelada e saqueada durante a chamada Antiguidade Tardia (de cerca de 284 d.C. até o ano 750).
A cabeça foi esculpida em um estilo típico Constantiniano, como pode ser notado em outras esculturas do período, caracterizado por uma representação semelhante à vista em pinturas, enquanto as outras partes do corpo são mais naturalísticas, incluindo calos nos dedos do pé e veias saltadas nos braços. Hoje em exposição nos Museus Capitolinos, em Roma, na Itália, é possível apreciar o braço direito com o cotovelo, a cabeça, a rótula direita, a mão direita, a canela esquerda, o pé direito, a rótula esquerda e o pé esquerdo.
O site pontua ainda que a estátua foi provavelmente esculpida mais próxima ao fim do reinado de Constantino, pois originalmente uma das mãos carregava um símbolo cristão em vez do tradicional cetro imperial.
Um dos nomes mais consagrados da História da Arte é o do pintor, escultor, poeta, anatomista e arquiteto italiano Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni, mais conhecido somente como Michelangelo. E ele, com toda sua influência, foi responsável pela transferência da enorme estátua de Constantino, o Grande, da Basílica no Fórum Romano para o Palazzo próximo, quando vivo.
Na época, o artista trabalhava para o papa — o que era bastante comum, pessoas poderosas contratando artistas para realizar trabalhos — em uma de suas pinturas mais importantes: 'A Criação de Adão'. Logo, algumas teorias indicam que possivelmente o pintor se inspirou em uma das mãos do Colosso de Constantino para desenvolver as famosas mãos que quase se tocam na obra.
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