Com o objetivo de destruir toda a frota naval havaiana, Chuichu Nagumo, almirante de Hirohito, comandou um dos mais violentos ataques sofridos pelos EUA
André Nogueira Publicado em 07/12/2019, às 00h00
O cenário da Guerra era apocalíptico: tudo sugeria uma vitória do Eixo. Hitler ocupava gradativamente a Europa enquanto o Japão de Hirohito transformava o Pacífico num único império.
Entretanto, em 1941, junto à Operação Barbarossa, que colocou Stalin na equação, o Japão fez um movimento que mudaria totalmente a guerra: chamou os EUA de Roosevelt para a briga. Isso ocorreu em 7 de dezembro de 1941, com o ataque que a Marinha Imperial Japonesa fez à base militar do Havaí, Pearl Harbor.
Com a ofensiva, a opinião pública estadunidense passou a apoiar a intervenção do país, que passava pela recuperação econômica desde 1929, no conflito na Europa e no Pacífico.
A estratégia japonesa visava destruir toda a frota naval dos EUA no Havaí, abrindo espaço para uma expansão sem grandes conflitos. O Japão, desde antes da Guerra, empreendia um projeto imperial de dominação da Orla do Pacífico.
Desde a revitalização e modernização do Império do Sol Nascente com a Restauração Meiji, a doutrina imperialista e o projeto nacionalista e militar eram essenciais na mitologia política nipônica, e a visão de que os japoneses eram superiores e deviam comandar a Ásia era muito forte. Após tomar partes da China, Sudeste Asiático e diversas ilhas no interior do oceano, o Império expandiu rumo a Leste, entrando em confronto com o território dos EUA.
O Japão já possuía, historicamente, rivalidades com os EUA, que foram um grande polo de advertências contra o país asiático durante a ocupação da Manchúria. Ao mesmo tempo, a colônia estadunidense das Filipinas também era um empecilho para os nipônicos.
Acontece que o ataque aos EUA, que era de aprovação popular no Japão, envolvia o fato de que os aliados daquele império não tinham noção do poderio econômico e militar de Roosevelt. Hirohito subestimava os Estados Unidos, vendo o futuro vitorioso do Sol Nascente como um óbvio e merecido. Mesmo em recuperação da crise, os EUA eram infinitamente superiores ao Japão.
O ataque foi arquitetado pelo almirante Yamamoto, que tinha uma posição firme contra o militarismo cego. Já o comando em si foi obra de Chuichu Nagumo, responsável pela má condução da operação e consequente falha no objetivo de destruição total. Apesar da derrubada de importantes navios, as tropas havaianas saíram com o suficiente para resistirem.
Um submarino japonês fora interceptado e seus homens executados. Então, aviões japoneses saíram de suas bases em direção ao Havaí, iniciando o bombardeio que gerou destrutivas explosões. O contra-ataque veio rápido, impedindo a destruição total do arsenal: 11 navios e 118 aviões estadunidenses foram danificados, entre eles 5 embarcações afundadas.
Como os EUA produziam navios de guerra com uma velocidade muito maior que o Japão, foi possível se recuperar com certa facilidade do trágico ataque. Com mais de 2.000 mortos, porém, o episódio foi vendido como uma grande vitória para os japoneses, que declaravam guerra com isso. Esperando retaliar as forças de Roosevelt com velocidade, obrigando uma solução diplomática, os japoneses sofreram com a ofensiva de resposta dos EUA: em 1942, já estavam batalhando em Midway.
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