Responsável por causar um frisson entre os usuários da rede social, os primeiros segundos da obra chamam atenção pelo "foco"
Wallacy Ferrari, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 28/08/2021, às 09h00
Em junho de 2020, uma lista de lançamentos da plataforma de streaming Netflix foi responsável por causar um frisson entre os jovens nas redes sociais; entre as novas obras que entravam no catálogo estava o filme franco-americano "Love", lançado em 2015 e distribuído pela Wild Bunch.
Dirigido pelo argentino Gaspar Noé, conhecido por obras cujo roteiros costumam abordar violência e sexo — e com "Love" não foi diferente, trazendo uma característica inédita para as obras do montador. Inteiramente filmado em 3D e originalmente exibido com o recurso anáglifo, a obra estreou durante o Festival de Cinema de Cannes daquele ano.
Na época de seu lançamento, a obra não foi premiada durantes os festivais em que foi exibida, além de ter críticas médias em portais especializados, como no Metacritic, onde o filme obteve a pontuação média de 51 de 100 com base em 27 jornalistas.
Na bilheteria, a obra também não ultrapassou sequer as despesas de produção, estimadas em quase US$ 3 milhões, mais que o triplo da bilheteria de aproximadamente US$ 860 mil. Contudo, sua popularidade se deu após a disponibilização on demand na Netflix, rendendo uma corrente curiosa entre os usuários do TikTok, como reportou o portal norte-americano NewsWeek.
Em um desafio da rede, os usuários deveriam gravar suas reações ao assistir os primeiros segundos do filme, sem que estivessem assistido previamente. Alguns preferiram filmar o próprio rosto, outros se reuniram com amigos ou familiares — mas se depararam com uma cena incomum na plataforma de filmes e séries.
Com expressões de choque e surpresa, os usuários despertaram a curiosidade de outros membros do TikTok com a suposta surpresa nos segundos iniciais de "Love", tornando o filme uma obra viral e, em poucas semanas, atingindo o quarto lugar entre as produções mais assistidas do Netflix nos Estados Unidos.
Todo o destaque foi resultado da primeira cena; protagonizada pelo ator Karl Glusman no papel de Murphy, o personagem é masturbado pela companheira em uma cena filmada de cima, mas em poucos segundos é cortada para um close no pênis, onde o intérprete tem uma ejaculação contra a câmera.
Em entrevista antiga à Irish Examiner, o diretor havia revelado que o filme, mesmo que recheado de cenas de sexo explícito, não deve ser comparado com obras pornográficas, visto que não há sentimento nestes — ao contrário de sua produção, que aborda gravidez e um entrelaço emocional entre os personagens, mesmo que conte com atores pornôs para a realização de cenas específicas.
É mais uma piada do que um escândalo. Eu queria me divertir, brincar com o público. [...] O que eu queria fazer é representar no cinema algo que é importante para mim e que por razões comerciais não é representado de forma adequada", afirmou.
Noé ainda enalteceu que a cena inicial conteve apenas 70% de sêmen do ator, sendo o restante preenchido com um spray adicional, que realizou os impulsos direcionados ao visor. Apesar do truque, não negou que tratava-se do pênis real do ator, que chegou a se intimidar para a gravação, mas conseguiu produzir o suficiente para entrar na versão final da obra.
Irmãos Menendez: Como os familiares de Lyle e Erik enxergam o caso?
Há 5 mil anos: Confira a última refeição feita por Ötzi
Irmãos Menendez: Veja o que aconteceu com as figuras mostradas na série
Irmãos Menendez: O que aconteceu com o psicólogo de Lyle e Erik?
Conheça Grande Adria, continente perdido há mais de 100 milhões de anos
Irmãos Menendez: Entenda como ex-Menudo pode reacender o caso criminal