Casório entre o tataraneto sobrinho de Napoleão Bonaparte e sobrinha-neta de Maria Luísa desperta uma união entre as famílias
Fabio Previdelli Publicado em 07/11/2019, às 11h11
O tataraneto sobrinho de Napoleão Bonaparte, que compartilha o famoso nome do general, se casou, no último dia 19, com a bisneta do último imperador da Áustria, que é descendente da segunda esposa de Napoleão, repetindo assim uma união de séculos.
Jean-Christophe Napoleão Bonaparte, de 32 anos, é o único herdeiro do imperador Napoleão I, estadista e líder militar francês que surgiu durante a Revolução Francesa e liderou várias campanhas de sucesso durante as Guerras Revolucionárias Francesas.
Agora, seu descendente se casou com a condessa Olympia Elena Maria von un zu Arco-Zinneberg, a austríaca de 31 anos é bisneta de Carlos I e da imperatriz Zita, e sobrinha-neta (em seis gerações) da princesa imperial austríaca Maria Luísa (1791-1847).
Isto significa que eles reascenderam uma união entre as famílias que começou há dois séculos. Em 1810, Napoleão se uniu com a Arquiduquesa da Áustria, Maria Luísa, reunindo a antiga Casa Imperial da França e a Casa Austríaca de Habsburgo.
Interesses por trás da união?
De acordo com o Daily Mail, Jean-Christophe conheceu sua noiva enquanto passava um semestre em Paris, embora eles digam que a união é um caso iminente de amor correspondido, o casamento de Napoleão com Maria Luísa certamente não foi. Muito pelo contrário, era uma estratégia política cuidadosamente planejada, estabelecendo um poderoso aliado militar em suas guerras contra Rússia e Grã-Bretanha.
Comentando sobre esse casamento histórico, Jean-Christophe disse que a comunhão dos dois é uma história de amor e não qualquer tipo de referência à história. Além disso, ele afirmou que quando conheceu Olympia, olhou nos olhos da moça e não em sua árvore genealógica. E, só depois eles conseguiram sorrir com essa coincidência histórica.
Mas é claro que nem todos estão convencidos disso. Segundo o The Times, os seguidores do movimento bonapartista da França veem Jean-Christophe como uma espécie de “herói francês”, o legítimo chefe da antiga Casa Imperial da França em um momento em que a população do país perdeu a fé nos políticos modernos.
E, supostamente, os apoiadores de Jean-Christophe Bonaparte esperam que seu casamento o leve aos holofotes para desempenhar um "papel influente" nos assuntos públicos franceses. Todo esse conceito baseia-se no avô de Jean-Christophe, Luís, brigando com seu filho, Carlos, por se casar novamente sem sua permissão e abraçar os princípios republicanos, e em seu testamento dizendo que seu "neto" se tornaria o chefe do da Casa Imperial.
O jornal francês Le Figaro relatou que Jean-Christophe disse que sentia "um profundo compromisso e senso de dever" com a França, e que estava disposto a "honrar o legado de seus antepassados", acredita que "seu casamento é o 'fruto' da reconciliação europeia’ e construção na qual ele diz que acredita enormemente”.
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