Ditado popular é citado em primeiro episódio de Senna, da Netflix, e chamou a atenção do público brasileiro; saiba mais sobre a expressão!
Fabio Previdelli Publicado em 07/12/2024, às 14h00
Sucesso da Netflix, 'Senna' é a produção mais assistida atualmente dentro da plataforma de streaming. Dividida em seis episódios, a trama narra a trajetória do ídolo brasileiro e lenda da Formula Um Ayrton Senna.
Desde seus tempos de kart até o trágico acidente que tirou sua vida, no GP de San Marino em 1º de maio de 1994, a trama percorre a vida pessoal do piloto brasileiro, relembra as rivalidades do tricampeão mundial nos bastidores da F1 e também resgata personagens que foram importantes em sua vida.
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O primeiro episódio, intitulado 'Vocação', mostra o começo de Ayrton no automobilismo quando ele ingressa na Fórmula Ford. E é justamente nele que uma cena divertiu os espectadores brasileiros; saiba mais!
Brasileiros e argentinos possuem uma rivalidade quase que natural, independente do esporte que praticam. E no automobilismo as coisas não foram diferentes na Fórmula Ford quando Ayrton Senna disputou o título mundial contra o hermano Enrique 'Quique' Mansilla.
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O ápice das intrigas ocorreu no Circuito de Mallory Park, quando os pilotos se chocaram e tiveram que abandonar a corrida. Conforme resgata o Globo Esporte, não foi apenas os veículos que se bateram, afinal, o desentendimento entre eles acabou em vias de fato.
Conforme resgata a série, o desentendimento foi manchete em jornais da época. Em uma conversa em um bar com o fotojornalista Keith Sutton, que vendeu imagens da confusão para o Norfolk Express, Senna questiona o motivo da imagem da briga estampar a capa do jornal — e não as fotos que o mostram em momentos mais 'alegres' dentro da pista.
"Acho que consegui capturar bem seu trabalho", diz Keith a Ayrton ao lhe mostrar as fotos que tirou. "Seu trabalho é muito bom", responde o brasileiro ao olhá-las. "Mas, foi esta aqui [imagem da confusão] que escolheram para a capa do jornal".
Keith se justifica e aponta que a manchete fez com que os ingressos se esgotassem para a próxima corrida: "Rivalidade dá bilheteria". Senna, por sua vez, aponta que é por esse motivo que não pode confiar em jornalistas para contar sua história. "Eu preciso contar minha própria história".
No Brasil, tem um ditado popular que diz: 'Camarão que dorme, a onda leva'", diz à Keith, que não entende a expressão.
Mas de onde ela surgiu? Conheça a curiosa história do ditado popular que se tornou um famoso samba!
A expressão 'Camarão que dorme, a onda leva' é usada para falar sobre a importância de estar sempre atento ou vigilante, para não dar brecha de se perder algo importante.
No caso de Senna, uma má fama logo em seu começo de carreira poderia fechar portas para seu crescimento no automobilismo. Portanto, a necessidade de ser lembrado por suas conquistas e não polêmicas.
A frase tem origem na pesca de camarões, quando os pescadores costumavam dizer que os camarões que não ficassem atentos às ondas, eram levados pela correnteza — portanto, perdiam o controle das próprias ações.
O ditado popular se tornou ainda mais popular com a música 'Camão que dorme, a onda leve', escrita na década de 1980, interpretada por Beth Carvalho ao lado de Zeca Pagodinho.
A história por trás da canção é explicada pelo próprio Zeca em vídeo compartilhado em um vídeo no seu canal no YouTube.
"Eu estava na casa do Arlindo [Cruz] quando nós conhecemos o Beto sem Braço. Ele chegou com um gravador e uma fita. Eu falei: 'deixa eu ver isso aí'. E eu escutei: 'Não pense que meu coração é de papel. Não brinque com meu interior. Camarão que dorme, a onda leva. Hoje é dia da caça, amanhã do caçador'".
"Aí eu escrevia segunda parte com a mesma melodia do Beto, da primeira… Fui desenhando… Assim surgiu 'Camarão que dorme, a onda leva'... Eu mostrei pra Beth [Carvalho]. Ela gostou e disse que ia gravar. Ainda me botou pra cantar com ela".
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