Divulgada em 2020, a história de amor entre homem e animal é exemplo de como a adoção pode mudar vidas
Fabio Previdelli Publicado em 10/07/2022, às 06h00
Todos os anos, 6,5 milhões de cães, gatos e outros ex-animais de estimação são abandonados ou perdidos e acabam entrando em abrigos nos Estados Unidos, segundo dados de 2021 da Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade contra os Animais (ASPCA).
Deste montante, apenas 3,2 milhões acabam encontrando um novo lar. Além do mais, em 2020, cerca de 920.000 animais acabaram sendo sacrificados por não acharem um novo tutor. Por outro lado, a compra de animais em criadouros aumentou em relação ao número de adoções — 34% contra 23%.
Embora centros de proteção de animais façam campanhas para a adoção de pets, poucos casos acabam dando certo, mas quando eles se concretizam, são capazes de nos apresentar histórias lindas de amor mútuo e carinho entre homem e animal; como aconteceu com Brian Myers e Sadie.
No início de 2020, a pastora alemã Sadie chegou ao centro de refúgio animal Ramapo-Bergen, em Oakland, após ser rejeitada em três abrigos. Ansiosa para ser amada, sua história se cruzou com a de Brian Myers, norta-americano morador de Nova Jersey, pouco depois.
“Nosso abrigo é uma espécie de último recurso para cães indesejados”, explicou Megan Brinster, diretora executiva do refúgio animal, em entrevista à CNN. “Ficamos acabamos ficando muito bons em encontrar lares para esses tipos de cães”.
“Nós pensamos que a Sadie iria acabar ficando na casa de uma mulher”, explicou a diretora, mas tudo mudou quando Myers apareceu. “Mas assim que trouxemos o Brian para conhecê-la, nós sabíamos que seria a combinação perfeita. Ela o conquistou”.
Em outubro, Sadie foi levada para seu novo lar e as relações com o novo tutor se estreitaram ainda mais com o isolamento da pandemia. “Pudemos resolver todos os problemas (de ansiedade) dela”, disse ele. “Ela é uma cadela notável”
Em 18 de janeiro, Sadie mostrou o quão mais era especial. Na ocasião, Brian acabou sofrendo um acidente doméstico. Como morava somente com Sadie, não tinha para quem pedir ajuda. Pelo menos era isso que o tutor pensava.
Eu fiquei preso em um pequeno espaço entre a minha cama e a parede, sem conseguir alcançar o meu celular. Fiquei deitado no chão e pensando: ‘quanto tempo vou ficar preso aqui até que alguém me encontre?’”, relatou.
Porém, Sadie logo percebeu a gravidade do momento e correu para ajudá-lo. “Em um esforço para consolá-la, comecei a fazer carinho nela e assim coloquei a minha mão em sua coleira, ela imediatamente começou a me puxar para o outro lado do cômodo, onde pude pegar meu celular e pedir ajuda”.
Brian acabou ficando três semanas em uma clínica de reabilitação. O reencontro com Sadie foi emocionante: “Ela estava pulando em cima de mim, me beijando, arrancando a minha máscara e tudo que eu conseguia pensar era ‘eu amo essa cachorra’”, que em breve deverá ganhar um livro escrito pelo próprio Brian Myers.
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