Há 81 anos, um tratado garantiria uma neutralidade entre as nações, todavia, foi em vão
Fabio Previdelli Publicado em 23/08/2020, às 00h00
“Os senhores sabem que a Rússia e a Alemanha são governadas por duas doutrinas diferentes. Mas, no momento em que a União Soviética não pensa em exportar a sua doutrina, eu não vejo mais motivo que nos impeça de uma tomada de posição. Por isso decidimos firmar um pacto que exclua o uso de todo tipo de violência entre nós por todo o futuro”.
Foram com essas palavras que Hitler anunciou, no Parlamento em Berlim, o acordo que assinaram com soviéticos em 23 de agosto de 1939. O trato ficou conhecido como Pacto de Não-agressão Hitler-Stalin. O que foi divulgado oficialmente era que os dois ditadores se comprometiam em não se atacarem e também em não apoiar caso um de seus aliados atacassem uma das nações.
No entanto, o tratado estabelecia compromissos comerciais muito mais complexos entre os dois, que eram conhecidos somente pelos governantes das duas nações. Um desses pontos é a parceria na invasão e divisão de países. O primeiro alvo do alemão já estava certo: a Polônia. Em 1 de setembro de 1939, as tropas do Führer invadiram o país - este seria o estopim para o começo da Segunda Guerra Mundial.
Além da Polônia, Hitler e Stalin também tinham planos para conquistar e invadir outros países, como os Estados Bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia), a Bessarábia (Ucrânia e Romênia) e a Finlândia. O conchavo era de grande importância para os soviéticos, nesse período, o líder russo assegurou a importação de máquinas e tecnologia militar, assinando um acordo econômico com os nazistas.
O Pacto de Não-Agressão tinha validade de 10 anos, mas o ditador alemão tinha planos de guerra que não foram contados para Stalin. Hitler esperava ganhar tempo com suas estratégias de guerra, e o contrato foi visto como fundamental para seu êxito. No final de 1940, o alemão deu instruções secretas para seu exército iniciar uma campanha contra a União Soviética, o plano fica conhecido sob o código Barbarossa.
Em 22 de junho de 1941 as tropas nazistas promoveram um ataque surpresa contra os sovietes. O embate entre Alemanha e URSS foi primordial para a barrocada alemã na Segunda Guerra.
E aquilo que deveria ser um ponto de mudança política na Europa – com práticas em parceria para conquistas de território e acordos de grandes proporções – mostra toda a ingenuidade de Stalin e toda a ambição de Hitler, e expõem aquilo que muitos já desconfiavam: na realidade o tratado não servira e nem garantiria nada.
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