Descubra o que aconteceu com os três nomes que mudaram completamente de vida após o episódio
Márcio Sampaio de Castro, Roberto Navarro e Alexandre Carvalho Publicado em 12/07/2020, às 09h00
O módulo lunar Eagle ("Águia") está 1000 metros acima da superfície e tem mais 5 minutos de combustível. Dentro da cabine, os astronautas Neil Armstrong e Edwin Aldrin estão às voltas com o alarme do computador de bordo. Responsável por conduzir automaticamente a descida, a máquina apita incessantemente, indicando sobrecarga. Abaixo, a paisagem, que deveria ser uma planície, está coalhada de elevações e crateras.
Se àquela velocidade a nave tocar na borda de uma delas ou pousar de lado, a volta para casa estará comprometida. A 150 metros de altitude, Armstrong desiste do piloto automático, desliga o computador e, com os batimentos cardíacos ultrapassando os 150 por minuto, resolve conduzir o módulo como se fosse um helicóptero.
O tempo previsto para o pouso era de 14 minutos. Em Houston, Texas, na base da missão Apollo 11, os técnicos prendem a respiração. Faltando 20 segundos para que o combustível dos foguetes de descida se esgotem, Armstrong anuncia: "A Águia pousou".
Instantes depois, chega a resposta: "Ok, recebemos sua mensagem. Vocês deixaram um punhado de rapazes quase azuis por aqui. Estamos respirando de novo". Assim começava, em 20 de julho de 1969, a primeira visita do homem à Lua.
O Projeto Apollo chegou a 16 de julho de 1969 pronto para lançar o foguete mais poderoso construído até então. Na ponta do Saturno V estavam a cápsula com o módulo de comando e serviço e o módulo lunar.
A bordo, Armstrong, Aldrin e Michael Collins. A história da missão todos já conhecem, no entanto, o que aconteceu com cada um deles após um dos momentos mais importantes da história não é tão difundido.
Cada um no seu quadrado
Aos 89 anos, Michael Collins deixou uma trajetória que incluiu, após o voo à Lua, trabalhos como secretário de Estado e diretor do Museu do Ar e do Espaço. Segue ativo, participando de entrevistas sobre o seu livro, escrito em 1973. É considerado o “astronauta esquecido”, eclipsado pelos colegas que pisaram na Lua.
Segundo homem a sair do módulo lunar em 1969, Buzz Aldrin, hoje com 90 anos, pegou gosto pela celebridade após seus dias de Apollo 11. Deu a volta ao mundo para fazer palestras, escreveu uma dúzia de livros e fez inúmeras aparições na mídia – sempre promovendo a exploração espacial. Também teve fases de depressão e alcoolismo nos anos 1970.
E o primeiro homem a pisar no satélite natural da Terra não era, no final das contas, um humano com superpoderes. Neil Armstrong morreu em 2012, aos 82 anos, em consequência de complicações cardíacas. Nos últimos anos de vida, não escondia o desapontamento com a decisão do governo americano de abandonar seu programa espacial.
Acreditava que novas viagens à Lua trariam conhecimento para que a humanidade atingisse novos planetas. Considerado um herói americano, Armstrong aposentou-se da NASA em 1971 e se tornou professor de Engenharia Aeroespacial e porta-voz de empresas – especialmente a Chrysler, de automóveis.
No fim da vida, se mostrou avesso a entrevistas e aparições públicas. Mas nunca perdeu a crença de que o destino da humanidade era conquistar outros astros. Em uma de suas últimas visitas ao local que o lançara ao espaço, na Flórida, comentou com sua mulher que já haveria marcianos entre nós. Ao estranhamento dela, respondeu sorrindo: “São nossos filhos. Eles serão os primeiros marcianos”.
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