Alina Fernández é filha de Fidel Castro e foi crítica ao governo de Cuba, sob as mãos de seu pai
Redação Publicado em 08/08/2022, às 15h46
Fidel Alejandro Castro Ruz, mais conhecido pelo mundo todo somente como Fidel Castro, foi um político e revolucionário cubano, que governou a República de Cuba como primeiro-ministro de 1959 a 1976, e depois disso foi presidente, até 2008.
A figura do homem sempre foi controversa, de forma que ao longo de sua vida teve muitos apoiadores mas, provavelmente, ainda mais opositores ao seu governo.
Entre os opositores ao regime de Fidel, uma mulher em específico se destaca e chama a atenção devido sua história: a escritora Alina Fernández Revuelta, que viveu em Cuba até 1993, quando tinha 37 anos. O motivo de seu nome chamar a atenção, entre os contrários ao governo vigente da época era apenas um: ela era, na verdade, filha de Fidel Castro — com sua amante, Natalia Revuelta.
Alina Fernández, escritora do livro 'Alina: Memórias da Filha de Fidel Castro', de 1998, foi modelo e diretora de uma empresa cubana até o ano em que deixou a ilha, e se mudou para os Estados Unidos. Nascida em 1956, ela só descobriu que era filha do político cubano aos 10 anos de idade, como informado pela Folha de S. Paulo.
A história da mulher poderá ser acompanhada com mais detalhes na nova produção cinematográfica 'Alina de Cuba', que será um drama histórico que apresente os acontecimentos da vida de Alina Fernández de maneira fiel. No longa, quem interpretará Fidel Castro será o ator estadunidense James Franco.
Em 2003, quando Fidel ainda era presidente de Cuba, Alina deu uma entrevista à Folha e opinou sobre os problemas do governo — o qual ela era contrária — na época. Naquele ano, a repressão e encarceramento de vozes opositoras ao governo de Castro chamava a atenção em diversos países.
Quando faz alguma coisa, Fidel não tem em mente apenas um objetivo, mas vários", contou Alina Fernández em entrevista realizada por telefone, em 2003.
Com a informação, a escritora ainda apontou o silenciamento de dissidentes cujas vozes atingiam o mundo como um fator recorrente do regime de Castro. Segundo ela, ainda, na época "Fidel aproveitou a ocorrência da guerra no Iraque para realizar um expurgo que considerava necessário para calar as críticas internacionais a seu regime. Este, com isso, mostrou que o diálogo é absolutamente inútil em Cuba."
Em sequência, Alina Fernández lembrou que fazia parte dos dissidentes de Cuba até 1993, quando saiu da ilha e foi aos Estados Unidos — se passando por uma turista espanhola, ao usar documentos falsos. Logo, mesmo que muito ligada aos opositores cubanos, ela fugiu de Cuba para que pudesse registrar a filha nos Estados Unidos.
Além das críticas ao governo de seu pai biológico, a escritora também pontuou posicionamentos falhos do governo dos Estados Unidos frente a situação cubana em 2003.
Fidel está no poder porque Washington aceita isso. O próprio embargo não é verdadeiramente aplicado, pois os americanos o contornam, passando por outros países. Se tivesse sofrido sanções econômicas reais, o regime cubano já não mais existiria", contou. "Espero que os cubanos consigam construir uma democracia verdadeira", finalizou na entrevista.
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