Com um mandato caracterizado pelo autoritarismo, Vladimir assinou uma nova lei que pode garantir sua permanência no poder por mais tempo
Redação Publicado em 07/05/2020, às 00h00 - Atualizado em 06/04/2021, às 09h21
Vladimir Putin, atual presidente da Rússia, causou polêmica na última segunda-feira, 5, ao assinar uma lei que garante algo recorrente: a manuntenção no poder. Diante da medida assinada, ele poderá concorrer por mais dois mandatos, com um total de seis anos no país. As informações são do veículo de notícias AFP.
Assim, com a regra, Putin poderia permanecer no poder até o ano de 2036 em uma reeleição. A informação foi passada pelo portal oficial da Rússia, que publicou a lei. Aos 68 anos, o político deixaria o poder em 2024, ano que marcaria o final do mandato, agora a manutenção da lei, mais anos de seu governo continuarão entre a população.
Mas afinal, o que marcou o governo Putin?
Vladimir Putin é hoje a principal figura da política russa e da Comunidade dos Estados Independentes. Ex-membro da KGB, passou anos vivendo na Rússia soviética e, após o colapso em 1991, entrou com posição de destaque no poder executivo do país. Desde 2000, Putin não deixou de assumir cargos governamentais na federação russa, como presidente ou primeiro-ministro.
Ele assumiu a presidência após o processo de abertura econômica do liberal Boris Yeltsin, em um cenário de forte crise econômica e fiscal. Uma das marcas do governo Putin foi a concretização de um projeto que, ao mesmo tempo, apoiava o capitalismo empresarial e combatia as oligarquias russas que dominavam a produção nacional.
O líder russo desapropriou boa parte das empresas dessa natureza e muitos oligarcas foram presos. Ele aumentou o poder econômico do Estado e ficou marcado por tirar a Rússia da crise em que estava nos anos 1990.
Putin também realizou reformas políticas que aumentaram seu poder, dando fim prático ao poder híbrido constitucional e abrindo espaço para um autoritarismo flutuante, que acompanhava sua figura, não seu cargo (que mudou várias vezes).
Além disso, reestruturou o sistema de transportes de mercadoria e de transmissão de petróleo e gás — principais produtos do país —, dinamizando a economia. Todavia, o político também ficou famoso pela reabilitação que proporcionou à imagem do tirano Stalin.
Em termos de política externa, ele reabriu o conflito da Rússia com os países do Ocidente e com a OTAN, se aproximando de nações de quadro semelhante ao de seu país — potências emergentes de grande dimensão, que deram origem aos BRICS.
Ao mesmo tempo, Putin fomentou campanhas pelo nacionalismo russo, dentro e fora de seu território. É o caso do movimento antiucraniano na Crimeia, que desejava retornar ao Estado Russo, e combateu movimentos rebeldes. O caso mais drástico é o da Chechênia, que passou por um processo de dominação completa do território e destruição dos movimentos independentistas.
Nessa linha, Putin conseguiu passar uma emenda que permite que o presidente indique do Kremlin governadores de províncias. O governo também foi marcado por escândalos de alto nível, como o assassinato não esclarecido dos opositores Anna Politkovskaia e Alexander Litvinenko.
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