Imagem da Groenlândia - Pixabay/mariohagen
Groenlândia

Vírus gigante é encontrado pela 1ª vez na Groenlândia e pode ajudar o planeta

Pesquisa evidenciou a "presença sem precedentes" de vírus gigantes que pode ter papel importante na ajuda para retardar o derretimento do gelo no Ártico

Fabio Previdelli Publicado em 11/06/2024, às 11h10

Uma pesquisa realizada por profissionais da Universidade de Aarhus, da Dinamarca, evidenciou a "presença sem precedentes" de vírus gigantes — em relação ao tamanho usual de um vírus — na camada de gelo da Groenlândia

O vírus gigante, classificados no grupo de DNA nucleocitoplasmáticos (NCLDV na sigla em inglês), pode ter papel importante na ajuda para retardar o derretimento do gelo no Ártico. O estudo foi publicado na revista Microbiome.

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Para a pesquisa, os especialistas analisaram amostras de gelo escuro, criolita, neve vermelha e neve verde — coloração causada pelo crescimento de algas —; que foram coletadas entre julho de 2019 e junho de 2020 das geleiras Mittivakkat, Bruckner e Heim.

"Essa é a primeira vez que eles [vírus gigantes] foram encontrados no gelo superficial e na neve contendo uma alta abundância de microalgas pigmentadas", afirmou uma das autoras do estudo, Laura Perini, do Departamento de Ciências Ambientais da Universidade de Aarhus, em nota publicada no site da instituição

A importância do vírus

Para explicar a situação, a neve escura e as algas contribuem para acelerar o processo de derretimento do gelo, visto que o escurecimento na porção impacta, entre outras coisas, na habilidade de reflexão dos raios solares — acelerando o impacto. 

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No entanto, Perini explicou que os vírus gigantes podem ser "úteis como forma de aliviar o derretimento do gelo causado pela proliferação de algas"; visto que eles funcionariam como um mecanismo de controle natural dessas algas — freando sua população e crescimento. 

"Não sabemos muito sobre os vírus, mas acho que eles poderiam ser úteis como uma forma de aliviar o derretimento do gelo causado por florações de algas. O quão específicos eles são e quão eficientes seriam, ainda não sabemos. Mas ao explorá-los mais a fundo, esperamos responder algumas dessas perguntas", finalizou a pesquisadora.

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