Fotografia de parte da aldeia de Swinton, na Inglaterra, e de fragmento de osso descoberto na região - Divulgação/Border Reivers Archaeology Unit
Arqueologia

Vestígios de história brutal na fronteira anglo-escocesa são descobertos na Inglaterra

Novos achados arqueológicos na pequena vila de Swinton, próxima da fronteira entre a Inglaterra e a Escócia, revelam passado brutal da região; confira!

Éric Moreira Publicado em 17/04/2024, às 10h32

Escavações recentes na igreja paroquial de Swinton Kirk, localizada na pequena vila de Swinton, próxima à fronteira entre a Inglaterra e a Escócia, revelaram vestígios que denotam o passado brutal e repleto de conflitos da região.

Conforme divulgado pela Unidade de Arqueologia Border Reivers, no local foram encontrados restos humanos de 124 fragmentos de ossos com sinais de ferimentos de batalha, que teriam resultado na morte daqueles indivíduos. Entre os fragmentos, até cinco indivíduos foram apontados, dos quais dois eram adultos e outros três eram crianças ou jovens.

Segundo o Heritage Daily, a igreja é datada de cerca do ano 1100, e serviu como refúgio em meio às guerras anglo-escocesas, além dos ataques dos Reivers. Estes, por sua vez, eram invasores ingleses e escoceses que realizaram ataques em ambos os lados da fronteira, principalmente entre os séculos 13 e 17.

Nessa época, era regida na região a chamada lei Marcher, que concedia aos indivíduos invadidos o direito de retaliar com uma incursão própria em até seis dias, para tentar recuperar suas propriedades tomadas. Swinton foi tomada por ingleses ao menos quatro vezes somente nos séculos 15 e 16, o que é parte do passado brutal da região que os novos achados evidenciam.

Fragmentos ósseos encontrados em Swinton / Crédito: Divulgação/Border Reivers Archaeology Unit

 

Descobertas

No local, conforme descreve a Unidade de Arqueologia Border Reivers em publicação no Chronicle Live, os arqueólogos encontraram fragmentos ósseos de perna com indícios de traumatismo de força aguda, provocados aparentemente por uma lâmina. Os especialistas também pontuam que o trauma ocorreu no momento em que aquele indivíduo morreu, sendo assim, possivelmente em combate.

O osso humano vivo tem consistência e textura completamente diferentes do osso morto. O osso vivo é mais parecido com uma cera ou madeira muito dura e densa e não é tão quebradiço quanto o osso morto, ele quebra e corta de uma maneira completamente diferente", afirma um arqueólogo à Northumberland Gazette.

+ Homem de Vittrup: O passado revelado do homem brutalmente morto há 5.200 anos

Além disso, também foram encontrados outros fragmentos de ossos com marcas de cortes e até mesmo marcas de dentes, provavelmente provocadas por algum grande canídeo, como um cão ou um lobo.

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