O Presidente Venezuelano, Nicolás Maduro, prometeu repressão contra oposição e contestações eleitorais
Redação Publicado em 02/08/2024, às 15h34 - Atualizado às 16h37
Após os protestos que tomaram a Venezuela em resposta à eleição no país, o presidente Nicolás Maduro anunciou a prisão de mais de 1.200 pessoas. Ele ainda prometeu prender outras mil em um esforço para conter a onda de manifestações que se espalhou por todo o território nacional.
Todos os criminosos fascistas vão para Tocorón e Tocuyito, para prisões de segurança máxima, para que paguem pelos seus crimes perante o povo", declarou Maduro em uma publicação na rede social X.
A Venezuela enfrenta um impasse político e social após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarar Nicolás Maduro reeleito na eleição de 28 de julho. A oposição, liderada por María Corina Machado e Edmundo González, contesta o resultado, alegando fraude e falta de transparência no processo eleitoral.
Segundo a PUD, partido da oposição, González teria recebido 67% dos votos contra 30% de Maduro. As acusações de manipulação e a falta de divulgação dos resultados das urnas pelo CNE intensificaram as tensões no país.
Em diversas cidades venezuelanas, foram realizadas manifestações que resultaram em confrontos violentos. Até a última quinta-feira, 1, pelo menos 12 pessoas haviam morrido, de acordo com organizações não governamentais que atuam na região.
Em resposta ao impasse, a Suprema Corte da Venezuela convocou os 10 candidatos à presidência, incluindo Maduro e González, para comparecerem nesta sexta-feira, 2, e iniciarem uma auditoria do processo eleitoral. No entanto, a imparcialidade da Suprema Corte é questionada, pois seus integrantes foram indicados pelo presidente e possuem alinhamento com ele.
“Admite-se, assume-se e inicia-se o processo de investigação e verificação para certificar os resultados do processo eleitoral”, afirmou Caryslia Rodríguez, presidente da Suprema Corte.
Na última quarta-feira, 31, Maduro afirmou que María Corina Machado e Edmundo González deveriam “estar atrás das grades” e que “a justiça chegará para eles”. Segundo ele, essa declaração foi feita “na condição de cidadão” em resposta a uma pergunta da repórter Madeleine García, da TV venezuelana Telesur.
Edmundo González, através de sua conta na rede social X, declarou que permanece firme após a ameaça de prisão e que continuará “ao lado do povo”. “Nunca os deixarei sozinhos e vou sempre defender sua vontade”, afirmou ele.
Segundo o G1, María Corina Machado, em um artigo publicado no jornal americano The Wall Street Journal, revelou estar escondida e temer pela sua vida diante da escalada de repressão do governo.
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