Depois de muitas décadas, museólogos finalmente entenderam um segredo de milênios
Mariana Ribas Publicado em 10/01/2019, às 13h01 - Atualizado às 13h32
O Museu Britânico está com uma exposição chamada No Man’s Land (“Terra de Ninguém”), que vai até o dia 27 de janeiro, e define a impossibilidade do homem conseguir viver pacificamente dentro das fronteiras.
A exposição têm três objetos antigos que foram achados e desvendados, que contam a história da guerra de fronteira mais antiga conhecida. É a guerra entre as antigas cidades-estado mespotâmicas ao sul do atual Iraque, Umma e Lagash, que disputavam territórios no Crescente Fértil há 4 500 anos. Os objetos expostos representam o ponto de vista de cada lado da história deste conflito.
Os monumentos históricos nos pregam peças, e os arqueólogos precisam estar sempre atentos. Então, logo nas preparações para a exposição os curadores perceberam algo estranho: um objeto que acharam durante muito tempo ser um vaso, não era.
Comparando-o com um objeto similar na Universidade de Yale, perceberam que haviam cometido uma trapalhada por décadas, exibindo-o de cabeça para baixo. Ao invertê-lo, sua função ficou clara.
Os museólogos acreditam que seja a cabeça de uma maça de guerra, uma arma contundente letal, esculpida em argila de fogo. Em seu topo há uma rede, utilizada como uma arma para imobilizar os inimigos antes da execução. Pelas inscrições, a maça teria sido feita para o rei de Umma, Gishakidu.
“Percebemos como tínhamos sido malucos”, afirmou co-curador do programa, Irving Finkel, após ter analisado o objeto com um outro parecido.
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