Novo projeto da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong cria professores com inteligência artificial que ajudam a lecionar na instituição
Éric Moreira Publicado em 13/05/2024, às 11h13
Um novo projeto desenvolvido na Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong (HKUST) pode ser um pontapé inicial para mudar para sempre a educação não só na região, como em todo o mundo, com o tempo.
Isso porque, agora, com apenas um capacete de realidade virtual, seus estudantes agora podem viajar para um mundo digital onde vão assistir a uma aula explicada por Albert Einstein — ou qualquer outra figura que lhes interesse —, criado com tecnologia de inteligência artificial. Esse experimento ainda busca apenas testar estes "professores", mas pode colaborar com o ensino em todo o mundo.
Segundo Pan Hui, professor responsável pelo projeto, a ferramenta pode auxiliar instituições educacionais de regiões que sofrem com falta de profissionais pelo mundo: "Os professores gerados por IA podem trazer diversidade [...] e até mesmo uma narrativa imersiva", afirma ele à AFP.
Essa iniciativa ocorre em meio à grande disseminação de ferramentas de inteligência artificial que vivemos. Porém, além de criar-se expectativa por uma melhoria na produtividade e de ensino, também gera temor, com a possibilidade de os conteúdos conterem erros ou mesmo que a tecnologia substitua professores.
No curso desenvolvido até o momento, no caso, professores digitais tratam de questões referentes às tecnologias imersivas, além do impacto das plataformas digitais. Ele é ministrado por avatares virtuais — que podem aparecer em uma tela ou em capacetes de imersão —, e que podem ser personalizáveis.
Porém, vale mencionar que Pan Hui ainda ministra o curso 'Redes sociais para criativos' de maneira híbrida, intervindo nas aulas. A inteligência artificial apenas o liberta das tarefas mais "pesadas", descreve. Isso porque, embora ele acredite que a confiabilidade de professores de IA possam superar até mesmo a de humanos reais no futuro, ainda é necessário que professores reais coexistam com a tecnologia.
Como professores universitários, nós lidaremos melhor com nossos alunos em termos de inteligência emocional, criatividade e pensamento crítico", pontua ele ainda à AFP.
Cecilia Chan, professora da Universidade de Hong Kong, acrescenta ainda que, após uma pesquisa realizada com mais de 400 estudantes, é possível afirmar que os alunos "preferem falar com uma pessoa real porque um professor de verdade pode compartilhar sua experiência, fornecer feedback e demonstrar empatia".
Dessa forma, a tecnologia ainda estaria longe de ser uma ameaça aos professores humanos, segundo a Folha de S. Paulo. Além de que, não bastassem os avatares ainda não conseguirem interagir de fato com os alunos, eles ainda podem oferecer respostas estranhas ou falsas, devido às atuais limitações das inteligências artificiais da atualidade.
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