O levante fracassado ocorreu em 2016, todavia o expurgo político e militar iniciado pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, persiste até hoje
Ingredi Brunato Publicado em 26/11/2020, às 16h00
Na Turquia, 337 cidadãos receberam prisão perpétua recentemente em desdobramentos legais da tentativa de golpe de Estado em 2016. Muitos dos condenados são inclusive oficiais de alta patente das Forças Armadas turcas.
Outros processos anteriores relativos à conspiração golpista — que já estão perto de totalizar 300 — foram responsáveis por sentenciar mais 4,1 mil pessoas. Desse número, 2,5 mil delas foram condenadas à prisão perpétua.
Na época, o levante deixou um saldo de 272 mortos, dentre estes 24 sendo conspiradores. O presidente Recep Tayyip Erdogan teria iniciado um grande expurgo político e militar após a tentativa de golpe, ou uma “limpeza até que não reste mancha”, nas palavras do mesmo, segundo divulgado pelo El País em 2016.
O governante turco ainda afirma que Fethullah Gulen, um influente erudito do país, atualmente exilado nos Estados Unidos, estaria por trás do levante. Parte dos objetivos dos inúmeros processos judiciais é justamente descartar seus possíveis seguidores.
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