Arqueólogo envolvido afirmou que foi a primeira vez que restos mortais foram encontrados dessa peculiar maneira
Isabela Barreiros Publicado em 30/09/2020, às 14h48
No norte da Sibéria, próximo do lago Bolshoy Poluisky Sor, arqueólogos encontraram um túmulo disposto de uma maneira peculiar, nunca antes vista. O que eles haviam encontrado era o enterro de um menino que provavelmente morreu durante o século 16, com apenas seis ou sete anos de idade.
O mais peculiar é que o esqueleto do garoto estava com um caldeirão em sua cabeça, como se ele estivesse funcionando como um capacete. Ele também estava com uma faca de ferro ao seu redor, o que indica que esses artefatos foram colocados no local para que ele estivesse armado para sua vida após a morte.
Segundo Alexander Gusev, do Centro Científico para Estudos do Ártico em Salekhard, “esta é a primeira vez que vimos um caldeirão usado como capacete”. Ele disse ainda que “esta descoberta mostra uma mudança no rito do enterro para as pessoas que viviam no oeste da Sibéria no século 16”.
Enterrado de costas, com suas pernas esticadas apontando para o lago, o garoto estava usando brinco de arame de cobre e uma conta de vidro verde, além de ter a alça do caldeirão, usado como capacete, grudada em seu cinto. Foram encontrados ainda uma concha de ferro e um pedaço de folha de prata no local.
O ritual revelou-se ainda mais peculiar porque, de acordo com os pesquisadores, caldeirões podem ser comumente observados em sepulturas do período em questão. No entanto, eles nunca estão colocados na cabeça do corpo, como o deste caso.
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