Missão espacial chinesa quer estudar os componentes do solo do planeta vermelho daqui da Terra; saiba mais sobre a iniciativa
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 28/11/2024, às 21h00
A China anunciou planos ambiciosos para coletar amostras do solo de Marte e trazê-las à Terra até 2031, com o objetivo de buscar evidências de vida no Planeta Vermelho. A iniciativa será realizada pela missão Tianwen-3, conforme informado pelo Laboratório de Exploração do Espaço Profundo.
A estratégia, publicada na revista National Science Review, foi elaborada pelo cientista-chefe Hou Zengqian e pelo designer-chefe Liu Jizhong.
A Tianwen-3 prevê dois lançamentos por volta de 2028, que levarão à realização de uma operação integrada: pousar em Marte, coletar amostras e retornar à Terra.
Os pesquisadores identificaram 86 possíveis locais de pouso, com foco nas regiões de Chryse Planitia e Utopia Planitia. Essas áreas, ricas em formações geológicas como costas, lagos e cânions, são consideradas promissoras na busca por sinais de vida antiga.
A equipe de cientistas trabalha atualmente em técnicas avançadas de preservação de bioassinaturas, utilizando métodos de coleta de superfície e perfuração. Além disso, a Tianwen-3 transportará equipamentos desenvolvidos em colaboração com parceiros internacionais, destacando o caráter global do projeto.
A China também tem planos de estender sua exploração espacial ao sistema de Júpiter. Com a missão Tianwen-4, o país pretende investigar a evolução do planeta e suas luas, contribuindo para o entendimento da formação e história do sistema solar.
Esses projetos refletem o crescente protagonismo da China na corrida espacial e seu compromisso com avanços científicos e tecnológicos em larga escala.
Um veículo espacial chinês revelou novas evidências que reforçam a teoria de que Marte já abrigou um grande oceano, incluindo indícios de uma antiga linha costeira.
O estudo, publicado na revista Nature, reacende o debate científico que há décadas discute a possibilidade de um oceano cobrindo até um terço do Planeta Vermelho bilhões de anos atrás. No entanto, as novas descobertas não escaparam do ceticismo de alguns especialistas.
Leia a matéria completa: Veículo espacial encontra sinais de oceano extinto em Marte
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